olhar a luz do dia
entre as teias sombrias
e ver esperança a nascer
onde o medo estava a crescer
quando se sente o calor de humanidade
segurança desse ser criança sem idade,
em verdade crescemos nessa maturidade
que assim vemos e cremos porque escolhemos
se houver tempo para o conversar, passar e abeirar...
nem depressa nem a acelerar, vagar dessa humanidade
que dando tempo ao tempo se entende em realidade...
foi dado o expressar, o ser, o que vai dentro, sem deixar de falar
de conceder o direito de ser assim, sem mais - expressão dessa liberdade
que nos transforma sem vaidade, em seres livres: quais ideais...
nestes tempos de contenções, os corações e as verdades, falam por serem procuradas
quando nos precatamos, do que somos, e do que deixamos - damos valor ao sentido desse amor
desse calor em humanidades cheias, dessas horas preenchidas e não vividas a meias
desses lugares de encontro, onde vez após vez nos juntamos para ser de novo humanos
aonde nos abeiramos quais os nossos mais antigos ancestrais encontrando soluções originais
seria estranho que tantos milhões de gentes juntas não se precatassem
do que umas dezenas já bem sabiam
quando à volta do fogo se abeiravam, quando se abraçavam e reuniam
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