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segunda-feira, novembro 30, 2020

reuniões reais entre veredas geladas




olhar a luz do dia

entre as teias sombrias

e ver esperança a nascer

onde o medo estava a crescer


quando se sente o calor de humanidade

segurança desse ser criança sem idade,

em verdade crescemos nessa maturidade

que assim vemos e cremos porque escolhemos


se houver tempo para o conversar, passar e abeirar...

nem depressa nem a acelerar, vagar dessa humanidade

que dando tempo ao tempo se entende em realidade...


foi dado o expressar, o ser, o que vai dentro, sem deixar de falar

de conceder o direito de ser assim, sem mais - expressão dessa liberdade

que nos transforma sem vaidade, em seres livres: quais ideais...


nestes tempos de contenções, os corações e as verdades, falam por serem procuradas

quando nos precatamos, do que somos, e do que deixamos - damos valor ao sentido desse amor


desse calor em humanidades cheias, dessas horas preenchidas e não vividas a meias

desses lugares de encontro, onde vez após vez nos juntamos para ser de novo humanos

aonde nos abeiramos quais os nossos mais antigos ancestrais encontrando soluções originais


seria estranho que tantos milhões de gentes juntas não se precatassem

do que umas dezenas já bem sabiam

quando à volta do fogo se abeiravam, quando se abraçavam e reuniam



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