pontos de encontro a se encontrar
horas vagas para variar
locais com gentes diversas
tudo alinhado entre coisas adversas
se por uma vez resultasse
bater a uma porta
entrar, encontrar e ficar
se por uma vez resultasse...
mas nestes espaços vários
neste mudar de portas e armários
neste divagar - procura-se,
experimenta-se
e volta-se a tentar...
não há chão firme, nem porto seguro
o mais sólido que se encontra está ao pé do muro
da rua, da avenida a passar,
num piscar dessas gentes
entre o verde e o vermelho a divagar...
e sinto tanta saudade
do meu sonho sem idade
e nesta imensa cidade
ir e voltar à vontade
e já mais não ver desencontros
se não olhares reconhecidos
onde antes havia apenas pessoas
que surgissem bons e verdadeiros amigos...
que enorme certeza;
entre montes de gente
encontrar abrigo, reconhecimento
não apenas um olhar ausente
e neste cantar sem questão
neste vagar com razão...
encontrar lugar
não só no que faço
assim também
no coração a passar...
na luz do teu olhar...
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