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segunda-feira, outubro 29, 2012

O Des@tino da Nação

Lágrimas do(s) nosso(s) País... lamentos dos nosso avós...

De onde se ergue a voz... dos egrégios... que de forma firme e decidida mantiveram fronteira, cultura, lingua: definida... sem arredar pé?

Onde choram? Em que túmulos esquecidos?
 - vilipendiados pelos filhos de uma nação sem Rei - que apedrejou seu estandarte para o vender trinta dinheiros sabe-se lá a quem...


Que dizem... as vozes sobranceiras dos que temeram circunstâncias guerreiras e - ainda assim - não arredaram pé?...

Onde se esconde - o brio que brilha na fronte - daquele que olha sem temor?...

Por onde anda a chama - que anima e que esmaga - a cobra vil e venenosa que convida o Homem a se arrastar?

Onde - a espada firme e virtuosa que com frio gume corte os nós da sombra que cega a minha Nação Portugal?

Por quem - os sinos redobram?
Por desconhecidos que partem sem demora, por aqueles cujo canto já não se vai ouvir?

Quem honra o nome - dos cadafalsos lacrados - entre quatro paredes pousados... em frios mausoleus que a ironia da força que esmaga ainda tem o devaneio de chamar de "lar"?

Quem cria, quem dá a vida - quem transmite - com fidelidade pristina: os valores a aqueles que estão a aprender os valores a amar?

Não há seios, não há barriga nem braços firmes para aconchegar...

Há funcionários, estabelecimentos e estado corporativo comprado por negros destinos para os fazer esquecer e desesperar...

Apenas uns dinheiros - trinta minas por cada vida - entregue ao destino e à Raposa que os soube roubar...

Onde os da virtude - de alvas vestes - cruzes vermelhas no peito a dealbar - manto obscuro de sigilo que não cede - onde os guardas deste nosso pomar?

Quantos são entregues nas mãos da sombra - quantos se deixam pactuar... quantos já pedem que os marquem como gado para serem levados e inumados no negro e crescente altar?

Onde os de outrora- que firmavam pés e riscavam chão... onde a linha que separe - os da virtude dos da devassidão?

Onde os livres que manifestem - sua liberdade num rotundo "Não"... e onde aqueles - que incipientes - pactuam suas vidas e as daqueles entregues à guarda de sua mão?...

Onde a firme vontade que ampute os membros desvirtuados dos que vergam caminhos os fazendo errados e entregaram as chaves que nunca antes Português algum se atreveu a entregar?

Que os "Mouros" das novas idades vestidos de "smoking" e com frias contas avancem sem parar?...

Onde o estandarte que reuna os da arte em volta de um mesmo som?... qual o Hino - intacto - que desperte os dormentes da sua indigna reclusão?...

Quantos impunes caminham baixo o Sol - abriram-se por acaso as comportas e sobem aqueles que deveriam por sempre estar baixo chão?...

Onde o que se erga e em seu redor congregue a fina plebe que é nobreza virtual... não por ser vazia ou parca em firmeza - por ser de virtude sem igual...

Onde os que não temem - as armadilhas do destino - plantadas em todo o lado por seres vis sem sentido maior do que destruir e usurpar... pelos vendidos de alma e de coragem servil... pelos mandados por ordens que já não servem os pilares pelos que se dizem reger?...

Onde aqueles - de olhar firme, visão arguta e temperança sem tremor... os que guardem a luz dos dias frente a esta noite de obscuro pavor?...

Levantam-se os mares... as ondas se agitam vis... chegam os tempos nos que a Morte avança sobre os palácios de luz gerados para luzir...

Erguem-se os revoltados... os que não têm fidelidade a casa, escudo ou brasão... os que vagam sem rumo por falta de pares, de seres firmes que mantenham viva a nação...

Erguem-se os desalinhados... os incipientes... os alienados... as forças vivas das que se serve o que não tem rosto... essa garganta profunda ecoando gargalhada iracunda, opróbio, imundície e loucura sem par...

Erguem-se os que desconhecem o Norte e que não sabem ler na palma da sua mão: os que pensam que este lugar não tem rumo e que o caminho se faz por onde lhes manda a paixão...

O Sol se esconde - vergonha no seu brilho... baço o seu irradiar...

Por não haver já Homens que mantenham viva a sua herança, nem mulheres dignas que façam a vida brilhar...

Entregam-se as bandeiras... vendem-se as heranças dos egrégios avós... lava-se o sangue das fronteiras, pintam-se de novo as afrontas com o doce sorriso de humilhar-se no pó...

E - se brio sobra-se, é o próprio Português a esmagar seu irmão... que entre tanto cafre e covarde não sobra quem queira levantar dedo para se sentir rei e senhor...

No Final ficará um terreno baldio - plantado para férias dos que regem a nação - pois nos tempos que correm temos fantoches que abrem a boca e dizem palavras de difícil compreensão...

Falta o do Nevoeiro - em cavalo branco e de Espada em Mão - que salta de volta das suas Imperiais Miragens e se recorde - como os de agora ou de outrora - que juraram fidelidade a um POVO SÓ:

Guterres, Barroso, Sócrates e todos os que partiram em cadafalso defendendo até à morte o juramento quase milenar... e todos aqueles prestados em palácio - ora de S. Bento ora de Belém - baixo a cruz do templo feita pilar de cimento ou de uma certa Ordem que já não quer navegar...

os tubarões desta Mar desencadeado serão tantos - que o canto X se fez apagar: já não sobram pézinhos bem cuidados - em spas amansados - que queiram mais mar desbravar...

Fica assim enterrado - para todo e qualquer destes burgueses que com o Sangue português conseguem negociar - cantar a primeira linha do Hino - e com ela tudo o resto que vier desencadear...

Assim - desde tempos não findos - nos que a ambição fez a PRUDÊNCIA beijar o Chão... fica a TEMPERANÇA esquecida quando quotas agrícolas, pesqueiras e pecuárias assinamos à voz de "quer queiram, quer não"...

Lembra a JUSTIÇA sua lágrima - mesmo cega e de olhar tapado - pois disse o POVO NÃO duas vezes ao aborto, à regionalização e à feira que vai no adro de toda e qualquer desconstitucionalização - vendemos a linha por centimo de euro e transformámos a palavra escrita durante 800 anos em cifrão...

As estradas nacionais são de Municípios e a saúde de todos na de uns poucos está de mão... ninguém sabe ao certo quem manda - mas pagamos mais para ter a certeza de que estamos sugeitos a alienação;

Como já não há FORTALEZA para se erguer do lodo no que nos querem mergulhar - com falsas promessas, palavrinhas mansas e tecnologias de ocasião... ficamos todos a ver quem passa, pois - a Nau - vai sem leme, guia ou orientação;

Homem do leme é o que se sabe - todo aquele que pede demissão... e os que ficam lá vão dizendo - que assim não se pode gobernar a Nação...

Faz lembrar uns certos índios que - segundo a história do vencedor - venderam um estado na América por umas contas de vidro ou betão...

Nós aqui já vendemos os filhos e chamamos ao acordo "cooperação"...

Antes - olhávamos o inimigo nos olhos - fosse Anglo, Saxão ou Bretão... compúnhamos Hinos sem medo e cantava toda uma nação...

Hoje - nem sabemos o hino, nem sabemos o Norte, nem sabemos o que implica chorar lágrimas de sangue - por perder tudo o que outros nos deixaram na mão...

Bons costumes que fomos perdendo... uma vez que entramos no clube excelso dos países "refinadamente desenvolvidos" (refinamento de Ouro Negro - entenda-se);

Assim sendo - uns bons sonhos: "fia-te na virgem e não corras", "peta bem contada", "foi assim que a Alemanha perdeu a guerra" e todos os afins que já conhece quem cresceu por terras de Lusitana Paixão...

Quando despertarem - daqui a uns 30 anos - não haverá quem lembre essas piadas, os tugas serão todos Yankiados e ninguém reconhecerá raízes pois as histórias contadas por tradição vão estar em livros virtuais mudados em cada cinco segundos conforme convenha à entidade sombra - de fácil identificação - que com moedas e trocos vai comprando a Nação...

Saúdo... os que vão patinar se despedem ó Caesar... até uma próxima encarnação...


sexta-feira, outubro 26, 2012

És Herança

Esperança...

Spes... qualidade ou graça que anuncia mundo quando o mundo rui a nossos pés...

Espera! Dança!... algo te vem libertar!...

A mão firme do amigo que salva, o abraço intenso do companheiro que te sabe guardar...

Espera!... Dança!... é o que te dizem uma e outra vez...

Espera que a coragem se esvaia e que já não exista nesta terra um bom português...

Espera!... Dança!... salva a tua pele sem lutar!

Vai nas ondas, vive nas marés - embarcas assim para onde o caos te quer levar!

Espera! Dança!... fascina-te com esta nova era de pão...

De rostos garridos, imagens requintadas... photoshop, telenovela das 20h e reality shows

Por isso - faz-te à estrada... desespera como todo o que passa...

Encontra o grupo de degradação que mais te convém e dança... baixo a égide dos estandartes dos que agora proclamam a liberdade que não têm, mas que pretendem vender...

E tu - que ainda aguentas - tua firme posição... tu que esperas - o aparecer do Nevoeiro e do rei que nos venha justificar - mantém firme  a invicta bandeira - a que no fim dos tempos poderás revelar...

Por enquanto - espera - cultiva o dom de não irradiar: o teu estado de ânimo e a tua força no olhar...

Simplesmente descansa - como se estivesses a dormitar...

Deixa que estes se vão sentindo em casa até que se desleixem e comecem a se revelar...

Dai - um pequeno gesto - do regresso sinal...

Quando estiver a bixa com a cabeça de fora - é tempo de a decapitar!

Ate lá alma firme - descansa na ignorância do teu ser ancestral...

Até lá - guardião das estrelas - espera para ver o número de perfeição a teus pés...

Será esse sinal de que o tempo se aproxima... e que as tuas vestes colocarás... e cavalgarás mais uma vez!...

Agora - observa e descansa... vê como desliza a sombra no chão...

Como devora e encanta... levando muitos à perdição...

Tempera teu ânimo - tua força deixa na palma da mão...

Para a espada erguer de repente e a cabeça da ignomínia cortes sem apelo, agravo ou explicação...

NND

segunda-feira, outubro 22, 2012

Caminhos Íntimos

A esperança está em se não perder as raízes...

A esperança mora em encontrar o chão firme de onde erguer o Ser... para aspirações sublimes ou - simplesmente - para estar em paz com tudo aquilo que É...

A esperança mora em nós: Homens e Mulheres - escolhidos para viver combate intenso, numa era que se transforma transformando-nos em ponto de esmero:

Estar nos tempos nos que se encontram os verdadeiros valores face a face com os verdadeiros medos...

Lembrem - senhoras e senhores: há muita raiva entrelaçada, nos seres que caminham nas sombras das idades...

Muito que não entende, apreende e encontra a estrada - para subir o monte das limitações daquiloque ainda não se compreende...

Há uma barreira a vencer, há vitórias a alcançar... há momentos a esmorecer... e há SEMPRE passos a se dar...

Este plano - esta caverna na que fomos colocados - tem dois fins... duas voltas a se dar:

Para alguns é confim - Sísifos com a sua pedra a empurrar...

Para outros é sinal de esperança - Não a de um Perseu que fuja de um Minotauro grego; mas sim do que se precate,  se vire e confronte o medo - até que do medo renasça o nome que - desde sempre - o fez ser parte, do Todo ao que tem direito...

Uns desterrados... outros herdeiros... na natureza do íntimo está o segredo que se desvenda em cada opção do caminho: daqueles que agem com "Cor-agem" e daqueles que se nublam na razão...

Sim - há os outros... aqueles que se ficaram presos ao seu próprio renegar - renegar o sentido da subida do monte, renegar do esforço que implica estar em alerta constante e até - muitas vezes - falhar;

São estes os teimosos... os que vez após vez se levantam... são estes os que maduram as sementes de perseverança baixo a sua contínua e casmurra mania de se voltar a erguer e no caminho voltar a caminhar...

Há sentido que se esconde - nas várias provas que se nos defrontam: propostas pelos amos deste lugar.

O que crê - persevera - por muito que já o tenham induzido a se arrastar - pois a inteligência que domina estas sombras - não sendo suprema - tem muitos olhos para te fazer falhar... e a tua, sendo íntegra e sincera - encontrará sempre a força para se erguer e de frente a confrontar;

Por isso - separa teu ser daqueles que ainda não sabem, descarta aqueles que já não querem subir mais... entende que o caminho é feito com passos rectos e constante alerta... é feito junto daqueles que sabem que o sentido da vida está em descobrir o que realmente és... e contigo ardentemente esperam avançar...

Não te enganes - não é esta uma corrida cega - na qual, como burro aparelhado, te coloquem visores lado a lado e uma cenoura em frente para avançar... é ser livre, estar centrado... consciência límpida..... olhar estrelado... para dar de ti onde passa teu nome e deixar teu nome nas pedras gravado...

Algum dia - quando esqueças... teu nome será lembrado... não que a ti te aqueça ou arrefeça... mas poderá haver quem encontre sentido no caminho por ti trilhado... por isso deixa firme legado... para que possa ser usado ou aproveitado por todos aqueles que venham depois subir o monte...

Por isso - também - esmera-te! Tanto ser digno e válido esperando ver seres erguidos caminhando com passo firme e decidido em solo por seu porte consagrado!... Não é também esta uma bela aspiração?...  Deixar flechas amarelas neste Caminho de Santiago?...

Ama - salta - pinta este mundo de cores garridas alicerçando chão firme com atitude decidida... não és o velho do Inverno e parte do legado é para aqueles aqueles que por aqui também hão de passar...

Separando trigo do joio - arredando lobos para que entre Lobos se possam devorar - pois desses desistentes que se misturaram com as sombras há um bom número nestas paragens e tu deves aprender a os reconhecer, vencer e afastar...

também é parte do teu caminho - cavaleiro peregrino - é teu caminho e teu caminhar...

Não seja o teu crer, o teu saber e sentir menos do que as jogadas que se te vão no caminho atravessar...

Mente desperta - espada sempre afiada, lustrosa e oleada - pronta a cortar amarras que sombras veladas - no profundo do teu ser espelhadas -  te pretendam arrojar...

Coração puro - firme e decidido - um rumo, uma vida, um destino - sem olhar atrás...

Apreciando com TEMPERANÇA a beleza do caminho, ajustando com graça o ritmo do teu caminhar: sê cortes ao pisar terreno alheio - agradece as ofertas que se te deparam sem no caminho te deixares enredar...

Muitas as flores fragantes, muitas fragâncias para se degustar ... até que - inebriado -  cego será o teu caminhar...

Seco não se anda...  por isso: TEMPERANÇA no teu percurso - sorriso transparente para a vida que o teu caminho animar...

Lembra: todas as flores foram plantadas no intuito de que as mires - sorrias - e te mantenhas a avançar...

Passo timbrado... ritmo determinado... para que uns dias não haja menos e outros dias de mais... pois se o inimigo te apanha não desperto - pode dar um nó no teu rumo voltando atrás sem o notar... que Norte tem um ponto que nunca se afasta do seu centro estelar...

Todas as estrelas são belas... algumas brilham com brilhante fulgor...

A tua é bem simples - estrela singela - cravado no firmamento para não te ofuscar... é este o símbolo do teu caminho: simples, coerente, humilde e constante... como a estrela guia do teu avançar...

Desvia as sombras sempre que se atreverem a se atravessar: no teu caminho de virtude e no daqueles que te foi dado a guardar...

Só não procures, nos ninhos de víboras caminho... nesses lugares te aventurar: têm seu espaço, têm sua sina... têm autorização para lá ficar...

Segue - sereno... passo a passo - caminho ameno;

Esforço temperado pelo saber do teu andar...

Que o Dragão que em ti desperta, seja o do saber antergo trazido à luz pelo processo de - coerentemente - voltar a brilhar para iluninar sem cegar...

Lembra que essa tua chama é Branca e é pura - diferente daquela que se impõe para dominar ou ofuscar...

De entre as cinzas se erga um fogo, às raízes profundas não chegue o gelo do estio... que os errantes não vagueiem nem os que procuram se encontrem perdidos...

Estás no caminho... lembra:

O que és é carácter... e o que tens a qualquer momento te pode ser despido...

ULTREYA!

domingo, outubro 21, 2012

Caminho e Desalento

O caminho do desalento...

Neste tempo, existem duas pirâmides... uma com vértice cravado na terra... outra com vértice apontado ao alto...

Reconhecer a força que nos guia, aquilo que em nós é canto, harmonia... encanto: é obra de sintonia que traduz optar por um ou outro destino: escolhido quando o caminhante da vida ganha consciência do local por onde passa...

Assim... e de forma geral... temos valores e virtudes que - mesmo ainda não estando em nós impregnadas, mesmo podendo ao seu ideal falhar - sempre marcam caminho e via para a meta alcançar...

Fortaleza, Justiça, Temperança, Prudência: quatro mensagens ancestrais que apelam ao mais sólido d ser humano na construção das bezes de coerência por entre as que desenvolva o seu porvir... o seu caminho face ao ideal...

Não seremos perfeitos: um espelho no lo faz notar - ainda que muitos dos que não são eleitos mantém a sua aspiração a evoluir, crescer... se refinar...

O Outro caminho - o do mundo pelo mundo - é uma droga como as mil e umadrogas que os pacientes se obrigam no nosso tempo a tomar...

Tantos seres livres, tantas virtudes dormentes, tantos cantos por cantar... abafados em caminhos cinzentos ou nas orgias de hormonas que - quando se esvaem - deixam o manipulado ainda mais vzaio: logo com vontade de experimentar mais...

Entre a aspiração - que implica subir degrau a degrau - de forma constante - com perseverança, companheiros fiéis, uma figura de referência sólida e um caminho firme para lá se ir chegando e depois a chama do Verdeiro SER poder partilhar com os vocacionados para crescer... aspirar... refinar.

O outro caminho aparece com multiplos sorrisos, como jardins floridos com flores de cheiros enebriantes... com actividades mil e gozos sem fim por apenas umas croas de vez emquando...

Lembrarsempre que a consistência do carácter se forja após anos de persistir no sentido daquilo que lhe dicta o SER PROFUNDO...

O resto são "as luzes do mundo" - que cegam sem se precatar..

sábado, outubro 20, 2012

Paradoxos...

Como está a tua busca de amar verdadeiramente e como está a verdade do teu amar?...

sexta-feira, outubro 19, 2012

Olhares meigos e sorrisos simples

Encontrei um sorriso jovial... uma alma nova... uma forma de ver o mundo com olhar a brilhar.... uma delicada meiguice na forma de estar e uma festa de expressão em cada momento de conversa, de interacção...

Diga-se já de passagem - a situação não era a melhor: não acostumo a olhar damas ou donzelas com os seus respectivos como palco de atenção das conversas transcendentes (ou não) que se gerem num gabinete em atendimento de ocasião...

Desta vez foi diferente... no fundo havia muito mais.

Havia a festa da vida pela vida, o divertimento perante uma situação bizarra encarada com a normalidade dessa Primavera interior facilmente vivida - num sorriso, num olhar simples e iluminado e num gracejo gentil que mais intenção não tem do que ser gentil e suavemente modulado...

Quando encontro bem estar, paz, sintonia e alegria lembro sempre um certo Cigano, entre uma assembleia de ciganos que - abraçando-me todos e festejando uma celebração evangélica algures por terras de Galiza - perante o espanto de quem se sente assim aconchegado, abraçado e acolhido apenas pôde responder "Claro irmão - onde está o ESPÍRITO - há alegria"...

Apesar de que não partilho o caminho de crescimento do "irmão" cigano - compreendo perfeitamente o seu dizer...

Quando a alegria jorra pura desde dentro e nos motiva a sorrir a algo ou alguém (a imagem mais pura é a sorrir para o gracejo ou o sorriso de uma criança bebé) então algo desperta em nós... algo perdido baixo muitas das camadas sociais actuais:

A consciência da vida que em nós lateja, da verdade que a alimenta, da força sublime e suave que nos sustente e que apenas espera espelhos belos, válidos: límpidos, transparentes, reais - para se espalhar como luz de vida entre aqueles que se estão a alienar...

Por isso - obrigado ser mágico e vivo: a tua luz e alegria dançou com a minha e juntas se fizeram muito mais...

Neste momento - um texto e um poema... onde parará a festa da alegria de quem se encontra, reconhece, respeita e festeja na sintonia do que nos une E  liberta?

É dai de onde vem a força de sonhar...

Por isso - apaixonemo-nos pela vida - na forma de um algo ou alguém... e que essa força abstracta que nos ampara e sustém se faça voz, mão, abraço e vida com perspectiva no sentido de ser mais e melhor quando compartida...

Abraço do coração

(pois não é aconselhável que o seja com os braços... ainda ;)

terça-feira, outubro 09, 2012

TEMET

Quando...

Os teus dias pareçam as névoas doOutono desfolhando ao vento dos dias e das horas lentos... que não passam... que se estravasam em novas horas e novos dias repetidos...

Quando, os teus pensamentos e sentidos estiverem toldados: pela rotina modelados... sem vento nem saída - janela, casa ou perspectiva...

Quando: a vida que por ti clama se torna numa pálida e incipiente chama... que a brisa apaga e que a tua força ainda não consegue suster...

Então - recorda!

Quem é este ser?!?!?...

Este que agora escreve... este que agora relê?...

Quem é esta presença - que enclausurada entre quatro paredes - se desliga e suspende - o vínculo vital que o prende a tudo aquilo que REALMENTE ele É?...

Quem o que tenciona?

Quem pontapeia esta bola em direcção à escola da vida que se pretende apreender?...

Quem o que ignora... quem o que pretende saber?

Quem o que anseia? Quem o que suspira... quem o que receia não encontrar guarida no teu coração de mulher?

Quem o que aspira a te encontrar por inteiro neste que fala, pensa, sente e te quer?...

Quem o que por mim respira? Quem o que através de mim fala? Quem o que comigo aspira à imensa e única chama?...

Quem o que curva entre as sombras... quem o que ondula nas linhas brancas?

Quem o que se esconde agora e promete estar contigo quando a noite acalma?...

Quem?... digo EU... quem te vê?

A ti - sim - a ti; oh tu que me lê...

Ou pensas que me és indiferente? Pensas que o teu pensar e sentir já não penetrou em mim?... e - EU - em ti?...

Quem pensas que és? Ser isolado, que se esconde como gado e se humilha a meus pés?!?...

Tu ÉS!

És o ser que me encontra, o que comigo toma o pão e o vinho e se faz mesma carne.... és arte... movimentoe vida... por isso te posso sentir... assim...

Além, de definição e estrutura... SEI quem tu ÉS!...

TU ÉS!

Não te serve, não te chega? Não te sobeja para arrancar esse ser que lateja de entre a imensidão das horas; elevar-te por entre os rescolhos e despojos arrancados aos que ainda provam - dia a dia; hora a hora - que respiram a vida - que marcam perspectiva e se não rendem perante a idiota tirana que se entende soberana deste mundo nossa nação...

Aqui nascidos, aqui crescidos... aqui estão as raízes dos nossos avós...

Queres mais - queres saber quem... o quê.... somos nós!

Somos o lume que dá vida à treva... a vida que aquece e eleva o que de ti mais alto há para refinar...

Somos NÓS...

Tu e eu - que me lês, que te vês, que te repulsas e impulsas e que aqui regressas para te ver...

Eu sou tu... tuas costas no espelho da vida... tuas quimeras e conquistas e batalhas perdidas...

Onde quer que vá - tu vens.. e onde quer que estás - estás em mim também...

Por isso - VÊ...

Não há coisa como a separação - apenas linhas e limites que a mente tece constantemente para nos manter na ilusão...

Mas TU - que és EU

TEU - VÊ

TEMET


quinta-feira, outubro 04, 2012

Camino REAL

Quando os limites parecem encolher-se em teu redor... e sabes que o teu coração é mais amplo - vai!

Tantos lugares, tantas pessoas para amares.... não deixes que essa camada cinzenta de força mental, esse córtex que te determina te encerre e fulmina dentro de um espaço irreal...

Abre os braços - ouve as pesoas que REALMENTE querem amar... e vai!

Dança na vida com espírito marcial: uma intenção bem definida e soltura na presença que avança em direcção ao alvo que quiseste marcar...

Pára se for preciso! Tira tempo para sentir... ouvir... repousar:

Que essa mente coagida para correr e voar se aperceba do quanto há, quanto está contida num mundo belo e por explorar...
Em cada esquina, em cada virar de página mil histórias para partilhar!

Depois - senta! Com amigos do peito - senta - ouve e apascenta: o teu cavalo brioso, o teu espírito selvagem... as tuas ganas de saltar e te elevar...

Vai ver a escada - e celebrar!

Porque - passo a passo - às vezes galgando, outras tantas simplesmente balouçando - no limite da escadaria que te eleva para o teu verdadeiro sonhar...

Acredita - que as aparências são pequenas
Que se não fosse a sala minúscula na que te puseram, as tuas ideias seriam amplas, novas, renovadas - como a brisa que sopra sobre as árvores verdes enquanto o sol amarelo se faz dourado na linha do horizonte ansiado!

Lembra quem és - recorda que só nunca estás!

procura o teu alimento - verdadeiro sustento - na natureza do teu ser imortal e no abraço companheiro de todos os que te sabem ser vivo, pleno e original!

O resto virá por acréscimo - se segues os preceitos - o caminho que segues é o caminho REAL.

ATÉ JÁ!