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sexta-feira, novembro 27, 2020

espírito da cidade... coração e humanidade I



se cuidar é dar de nós

humanidade de não estar sós


se ensinar 

fosse seguir a voz da verdade


nesse padrão de felicidade

e o coração assim a preservar


e se o tempo que dedicamos

uns aos outros sem ser escravos

das agulhas do tempo já marcado

velho e esfarrapado

e assim voltar a sonhar 


vivificar todo o momento

dar de nós o que levamos por dentro 

e já mais não ter medo de errar...


coragens de outros instantes

heróis amigos e amantes

ou simples seres humanos 

a caminhar em seu vagar


seres de Domingo, apenas

quando a bem ou mal ou duras cenas

há sempre algum pássaro a voar:


uma folha garrida a pairar

uma brisa na areia a desenhar

um olhar iluminado em todo o lado


um ser humano espelhado

um recanto sonhado

uma melodia que jamais se tenha cantado


um poema sem ter tema... a jorrar

do peito... bem aberto

desse nosso terno sentimento


esse que se faz querer entre os beirais

e linhas de cores garridas

e esplanadas nem cheias nem vazias

e avenidas deste correr...

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