ecos pressentidos das ruas e lugares vazios, esquecidos do querer
ao sair no pavimento molhado, olhar por todo o lado, o reflexo desse saber
que renova a idade, que nos faz rir sem vontade, que nos põe de novo a olhar
tudo e todos num outro ser a passar, numa nova face a corar, numa praça a pintar
cores garridas, melodia de todos os dias, risada que levamos por dentro ainda por revelar;
antes pintura deserta, tela cheia de nada, olhar que se aperta para ver bem a estrada
o caminhar entre curvas discretas, deixar atrás todas as rectas para ver o horizonte a se elevar
cheio de florestas ainda por se caminhar, pleno de mistérios por desvendar, poesias e histórias a partilhar
querer que nos abre de par em par, dar de nós tudo sem deixar nada para se guardar
ir de porta em porta e tocar sem querer, esperar a resposta que nos abra janelas para o ser
e humanidades, tantas! nos ecos da luz da cidade exata, música e eternidade sempre incauta
que se desprende de um olhar qualquer, que se depreende no rosto cansado de um ser mascarado de homem ou mulher...
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