estradas trilhadas por outros sons a passar...
ecos de passos que estão a partir e chegar...
e nesse vidro rasgado, nesse gelo riscado...
escrever letras latentes de amor,
odes sonoras ao se compôr...
em poesias
palavras vivas!...
temas de sempre
gestos de todos os dias
na mente ainda sendo:
qual a alegria e o amor...
vivos e enamorados
espelhados e espalhados
por todos os lados...
desse teu ser
ao meu querer;
anunciados...
elevados por essa nossa nossa voz a nascer...
em bel canto entretanto encanto a condizer:
inspirados assim...
alucinados
levar a mensagem
sempre
a mais e mais gentes...
as que poisam coerentes
nos seus nichos vazios
nos seus frios despidos
de nós e do nosso querer
nessa terna idade...
eterna... sem mais
- sempre incerta...
que aparece sem querer e voga ali aonde há luz a nascer
e dia sempre dia, qual no mais escondido ser a encontrar...
nessa nossa melodia que ainda nos faz rir e acreditar,
e no adormecer do segredo... desse viver... devagar
estrela perdida,
melodia escondida,
letra viva clamando
nesse sorriso velando
por encontrar sempre a teu lado
esse conforto desse nosso lugar:
no que lês sem contar as palavras,
no que sorris sem encontrar entraves
no que partilhas alegrias serenas...
portas abertas, lugares sem chaves -
gargalhadas antigas nesses teus dias
saudade feliz que sempre nos liga...
ali aonde ainda se eleva
essa chama que a tudo chega
a que nos entretece...
e aquece...
e não queima...
diria o poeta que é qual fogo que arde sem se ver:
na luz do teu olhar iluminado, num canto enlevado
num bulir entre a gente sem sentir o peso coerente
Sem comentários:
Enviar um comentário