letras sempre vivas se fores tu a olhar
pois entendes o peregrino ser migrante
que tem qual o sino o dom de dar e voltar a dar
voltas da vida pendente no gesto da vida corrente
que nos assegura e sempre dura, nos leva a querer voar
outras vezes nos afaga, além do frio que esmaga,
carícias de abraços sustenidos
entre melodias de bemóis...
gestos por entre suspiros... sempre vivos...
ecos de palavras de afeição a se partilhar...
coração que se quebra e despedaça, por cada olhar no que passa, sem encontrar o olhar de irmão
coração que sendo vivente, pertence a tanta gente, que não cabe bem em nós
coração que de ter coragem, navegaria na boa aragem e estaria ali onde fosse
feliz por vontade, num rosto sem idade, num lugar sempre ao sol...
chuvarada bizarra, lugar este que nos amarra e barcas sempre à espera de voltar a vogar
para outras paragens nestas miragens que nos cegam e toldam o olhar...
o sonho é verdade, olhar sem tempo a claridade, ver os olhos a de novo a brilhar
sinal secreto, sempre discreto, de que se está a voltar a acreditar... em ti... em mim...
em regressar
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