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sábado, novembro 14, 2020

H @j@ ou ver





Se penso, que houve tanto caminho para não se chegar...

Se vejo, uma a uma as imagens perdidas para te encontrar...


Se mostro, as chagas abertas neste vagar...

Se sinto, tanto deste mundo só dentro do meu olhar...


E, sem mais, deixo o presente erguido, num pedestal

Um verso escondido neste ser de cristal...


E pensar em esquecer... devagar... 

as paragens secretas que me ensinaste a pisar...


Até um dia, nesta noite que não quer terminar, 

nesta alvorada que ainda não nasceu 

em quem vejo por aqui a passar;


Reflexo escondido desse lugar

Onde tu e eu nos encontramos 

para bem celebrar...


Versos simples, palavras discretas, olhares transparentes, paragens secretas...


E voam anjos disfarçados, entre as florestas nas que me pensas...

E descarregam tempestades por entre estas planícies desertas...


Luz do teu ser, imagem do meu pensar, horizonte de linhas varadas

Barcas encontradas para voltar a navegar... 


E pontes! De vida! 

Essas que sempre nos uniam... 

Nesse terno e discreto palpitar;


Desde águas mais íntimas que se crescem ao se corar...

E nessa tela... entre branco e cetim, onde gostava de estar;

suavidades sem idades

que nos tocam assim...

A ti

(que me lês) 

e a mim

(sem fim)




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