Se penso, que houve tanto caminho para não se chegar...
Se vejo, uma a uma as imagens perdidas para te encontrar...
Se mostro, as chagas abertas neste vagar...
Se sinto, tanto deste mundo só dentro do meu olhar...
E, sem mais, deixo o presente erguido, num pedestal
Um verso escondido neste ser de cristal...
E pensar em esquecer... devagar...
as paragens secretas que me ensinaste a pisar...
Até um dia, nesta noite que não quer terminar,
nesta alvorada que ainda não nasceu
em quem vejo por aqui a passar;
Reflexo escondido desse lugar
Onde tu e eu nos encontramos
para bem celebrar...
Versos simples, palavras discretas, olhares transparentes, paragens secretas...
E voam anjos disfarçados, entre as florestas nas que me pensas...
E descarregam tempestades por entre estas planícies desertas...
Luz do teu ser, imagem do meu pensar, horizonte de linhas varadas
Barcas encontradas para voltar a navegar...
E pontes! De vida!
Essas que sempre nos uniam...
Nesse terno e discreto palpitar;
Desde águas mais íntimas que se crescem ao se corar...
E nessa tela... entre branco e cetim, onde gostava de estar;
suavidades sem idades
que nos tocam assim...
A ti
(que me lês)
e a mim
(sem fim)
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