pub

terça-feira, novembro 17, 2020

curvas sec retas



ir e voltar

e em cada nova vaga

o ser que não se para

recomeça a caminhar...


e vamos e vemos e voltamos

em cada espaço, em cada novo passo

um silêncio a desafiar... e em cada nova pisada

nesta via, nesta moderna estrada... seguir sem hesitar


pulsátil, ágil, volátil... qual o sonho que nos foi dado a cuidar

essa promessa de flor mais bela que se encontra à janela do nosso olhar

essa luz estranha que nos ilumina em cada novo instante desse ser humano inquietante...



esse ser efervescente que nasce e renasce entre a gente quando se junta para celebrar

esse algo efémero que se desprende qual um cabelo para vogar no sopro belo dessa vida a palpitar

e no cinzento escreve poemas ao vento e espalha pétalas de prosa entre azul e rosa...


essa inquietude que não nos larga mais, essa longitude sem medidas iguais

loucuras a horas incertas, por entre as certezas, sempre secretas

compassos sem linhas rectas... e réguas com riscos a mais...


e nessa explosão saborosa

nessa imensidão glamorosa

nesse momento... tu vais!...


descobres florestas abertas entre os beirais

encontras lumes acesos nas pedras dos locais

fazes festas quando não é tempo das tais...

e o tempo voga para lá seus segundos iguais...


Sem comentários: