ir e voltar
e em cada nova vaga
o ser que não se para
recomeça a caminhar...
e vamos e vemos e voltamos
em cada espaço, em cada novo passo
um silêncio a desafiar... e em cada nova pisada
nesta via, nesta moderna estrada... seguir sem hesitar
pulsátil, ágil, volátil... qual o sonho que nos foi dado a cuidar
essa promessa de flor mais bela que se encontra à janela do nosso olhar
essa luz estranha que nos ilumina em cada novo instante desse ser humano inquietante...
esse ser efervescente que nasce e renasce entre a gente quando se junta para celebrar
esse algo efémero que se desprende qual um cabelo para vogar no sopro belo dessa vida a palpitar
e no cinzento escreve poemas ao vento e espalha pétalas de prosa entre azul e rosa...
essa inquietude que não nos larga mais, essa longitude sem medidas iguais
loucuras a horas incertas, por entre as certezas, sempre secretas
compassos sem linhas rectas... e réguas com riscos a mais...
e nessa explosão saborosa
nessa imensidão glamorosa
nesse momento... tu vais!...
descobres florestas abertas entre os beirais
encontras lumes acesos nas pedras dos locais
fazes festas quando não é tempo das tais...
e o tempo voga para lá seus segundos iguais...
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