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segunda-feira, novembro 30, 2020

recolher e saber escolher


nestes tempos virtualizados, nestes lugares meio toldados

somos milhões de vozes a cantar um mesmo fado,

destino que ainda nos é velado a mostrar:


e no entanto sonhamos, falamos e no segredo contamos

números sem contar, multidões sem se ver a passar,

olhamos ensonados sem decidir se é noite ou manhã...


e vamos! animados pelas agulhas empoleiradas

antes nas torres agora nas mangas...

desse saber recolher sem hesitar...

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