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quinta-feira, dezembro 31, 2009

Castelos de Areia


De novo no msn, com o ano que se aproxima de fundo:


muitos gajos bons
muitas coisas caras
muitas viagens
e festas
e promoções no trabalho sem fazeres pívia
muita treta sem mais nada de por meio
e tudo o que puderes ver na tv
enfim

para além dessas coisas importantes
que um passeio te traga um sorriso por veres o mundo belo
que alguém te diga algo que entendas para além das palavras
que o teu coração palpite por sentir a presença de quem desejas
e que tu não tenhas que mudar nada no que és para estares bem
tu és o que tens de ser
é o mundo o que está com problemas

terça-feira, dezembro 29, 2009

Rainbow Stone


Dizia à pouco a uma amiga no msn:

"às vezes pondero
porque gastamos tempo a dar atenção a linhas virtuais que ondulam no ecrã azul
se não nos vamos encontrar no dia de amanhã?
porque as pessoas precisam de comunicar talvez?
porque - no fundo do fundo - sabemos que somos um
e não aguentamos a consciência de estar separados...

só encontramos no nosso caminho aqueles que se encontram na nossa sintonia
os outros são invisíveis ao nosso olhar
como uma pedra atirada contra o arco íris…
para o arco íris - a pedra não é real
por isso passa pelo meio
sem o tocar"

Talvez...

sábado, dezembro 19, 2009

Os Princípios Irmãos


Nas páginas do real somos histórias por contar
No livro em branco do amanhã, promessas a cortejar

Se alçarmos a vista para além do horizonte
Não tropeçaremos nos próprios pés

És vida que se faz noite e és dia que se transmuta em manhã!

Almas que se entrecruzam, ecos da nossa voz:

Somos vida que se fez gente e gente que ruma contra a maré
Amanhã seremos mais fortes, hoje somos apenas três
E quando o dia suceda à noite e a manhã vença de vez
Entre tudo o que existe e entre aquilo que não és
Ainda verás um mundo diferente do tempo
E terás o tempo a teus pés
Se fores sujeito e fiel
Serás o que queres
Serás quem és

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Entre as Ondas



Se entre o dia e a noite existe uma linha

É crepúsculo dos tempos e aurora a dealbar

Caminhar ao de leve, sentindo pedras no caminho

E cantar sempre mais alto para recomeçar

Querer é apaixonar-se pelo que se sente e pensa

É dar voltas no espaço e dele fazer mansão

É querer sem querer e sentir querendo

É dar-se ao mundo sem razão

The deep


All that is gold does not glitter,
Not all those who wander are lost;
The old that is strong does not wither,
Deep roots are not reached by the frost.

From the ashes a fire shall be woken,
A light from the shadows shall spring;
Renewed shall be blade that was broken:
The crownless again shall be king.

Para treinares o Inglês ;)

domingo, dezembro 13, 2009

o Toque

Era mais do que evidente… à medida que os seres se separam, a consciência profunda da sua identidade grupal diluía-se no jogo de luz e sombra do Ego.

À medida que a ciência da mente pautava regras mentais, a capacidade de ir além das aparências e de abrir portas à esperança ia-se confinando cada vez mais a um orifício minúsculo na parede prateada dos sonhos.

Então, Annael mensageiro, ergueu-se contra as linhas que pautavam o visível e abriu as portas ao mundo que podia ser e que ainda não existia.

Neste mundo, veio a sombra e a luz sem par.

Veio o medo e a esperança.

O sonho de Annael era que as pontes que uniam mundos se fizessem mais fortes do que as paredes que os separam.

A sua voz ecoa desde as profundezas, e continua a entoar a sua melodia mansa e clara, por entre o turbilhão de vozes enraivecidas que compõem o inframundo.

Talvez algum dia se ouça o seu canto e se abrace a sua queda…

sábado, dezembro 12, 2009

Ecoando


Havia uma ponte que ligava dois mundos. Num deles o Sol brilhava e o dia era pleno. No outro havia uma Lua velada e as sombras dançavam, etéreas…

Em cada momento que uma sombra se elevava, um pássaro no mundo vivo cantava. Em cada sorriso que uma criança esboçava no mundo de luz uma flor de esperança desabrochava no mundo da sombra.

Os dois mundos tinham uma ponte, e esta estava escondida entre as sombras dos arbustos que limitavam as paredes de um céu azul turquesa pintado para ser assim.

E havia lugares onde as sombras dançavam para que os mundos se mantivessem fechados e não pudessem haver confusões sem que houvesse vontade verdadeira para os unir.

No meio deste eco, espero que ouças as sombras dançar para que saibas que o teu sol é pleno.
No mundo das almas, quando um dá, o outro recebe. E se um se entrega, o outro renasce.

Um abraço para ti que lês :)

Templos


Se pensarmos acerca do mundo, das coisas, da vida – vamos encontrar sempre as mesmas barreiras e limites colocados no entramado mental, para que este seja circunscrito – que a lógica é circular, que a mente não tem respostas e que o ser humano é muito mais abrangente e complexo do que o topo aparente da sua pirâmide.

Se sentimos o que somos, então ligamo-nos aos outros, às coisas, à natureza, ao pôr de sol, à música, ao ser amado e à vida de uma forma irreversível mas plena – é compreender “desde dentro” aquilo que se observa desde fora.

Adorar é prestar culto ao invisível e torná-lo manifesto no dia a dia. É cultivar um templo vazio de imagens e sons para que este esteja sempre cheio do que é importante.

No fundo, pode definir-se a plenitude pelo seu oposto, e pode encontrar-se o sentido pelo que se desconhece.

Mas, o importante, sente-se em falta e costuma ser invisível ao olhar – como diria uma certa raposa.

O importante é amar. E isto é uma ciência que a ciência ainda não descobriu.

sábado, dezembro 05, 2009

Este Ano

Este ano, sei que estou ligado a pessoas que têm dado tudo o que têm para dar para que eu exista, viva e respire – para que seja quem sou. Sem Amor, não existimos.

O mundo está cheio de amor, e sabemos que é verdade quando somos nós quem está agarrado à vida por ele. São as pessoas, e o mundo que trazem dentro, que fazem com que valha a pena despertar de manhã. É essa irmandade invisível que nos mantém vivos.

Ao contrário do que possa parecer, o amor é imenso e é mais forte – ou não estariam estas linhas a gravitar no teu espaço virtual.


Ao contrário do que possa parecer, e por muito enigmático que resulte, é o Amor que governa este mundo. O caos tem é um marketing mais agressivo.



Este ano espero que algo bom daquilo que sou possa tocar as pessoas que apostam diariamente tanto naquilo que entregam.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Pequenas coisas para mudar o mundo

Um sorriso quando alguém chora, ou um silêncio quando alguém quer falar…

Um copo de água numa sala de urgência ou amparar o golpe quando o mundo quer atacar…

No fundo, fazer algo de poesia sem palavras entre o barulho do real

E fazer ouvir um canto de criança entre o ruído Infernal

Quem sabe, um dia, esse canto ecoe mais forte do que os muros que nos querem separar

Quem sabe uma memória favorável, num tempo incerto, traga luz onde a treva quer imperar?...

quarta-feira, dezembro 02, 2009

La Vita é Bela

O Barco parecia não aguentar o temporal. Por todos os meios, os homens procuravam segurar as velas, mantendo-as firmes, ainda que a qualquer momento poderiam rachar…
Quando os passageiros subiram ao convés, não entenderam como podia ter acontecido o milagre… Deus havia-os poupado e as suas preces foram ouvidas pela Dama Imaculada.

Os botes salva-vidas haviam desaparecido. As velas nem sequer haviam sido recolhidas pendendo ao vento, desgarradas.

A embarcação havia rumado milagrosamente até à costa, e ai se tinha mantido - varada, até que raios de sol matutino haviam acariciado as madeiras húmidas, fazendo o vapor subir em Espirais…

João corava de vergonha. Sentia a falta do seu pai – marinheiro neste barco… como podia ter sido abandonado, como podia ter sido deixado à deriva sem explicação?

A raiva e a revolta fizeram de João um soldado da paz. Com a sua divisa azul imaculada, levava palavras sábias a todos aqueles que queriam ouvir…

Entregava-se à causa e dava tudo o que tinha por fazer deste mundo um lugar mais justo e de maior valor…

Lutou contra aqueles que eram bribões, que davam mau nome à terra onde nascera e de onde partira cedo…

Um dia, passeando perto do Mar, viu um Madeiro flutuando à deriva.

Nunca soube explicar a razão pela qual o fizera, mas mergulhou em pleno inverno entre águas salgadas.

Retirou o madeiro e lá viu um nome gravado – albatroz…

O nome iluminou sua mente.

Compreendeu e aceitou.

Passou os seus dias caminhando entre as gentes, sorrindo para os desconhecidos, falando pausadamente e olhando de relance.

Um dia, talvez um dia, o visse novamente e lhe pudesse dizer o quanto o amava.

Um dia…