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sexta-feira, dezembro 04, 2020

coração na cidade

entre meias medidas

entre as linhas erguidas

das ruas esguias, elevadas

vamos passando, 

marchando...


ao som de uma melodia vazia

sendo que quem a preenchia

coração que sente e cria:


vai ficando com a sua verdade vencida

a não ser que encontre refúgio ou guarida

para voltar a crer em amar...


em se erguer para ver teu olhar

para sonhar que de novo me sonhas

que as escolhas que no caminho recolhas


serão para bem maior por simples opção:

que se recria, em cada palavra menos fria

que se deixa no interior se levar...


pelos lábios vazios do seu elemento

chamada viva que levamos por dentro

clamando sempre pelo ser lado a lado


caminho ainda velado

entre tanto ser humano

por todo o lado...

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