Oceanos de saudade
Vivem em ti qual vaidade
Essa que se recatou…
Qual onda que não chegou
A praia alguma… a suspirar
Nesses teus sonhos
Entre labirintos medonhos
À espera de se libertar
E quando acedes
E se fazem mais leves
Quando entregas
Determinada cena
A algum tempo ou lugar
E dás corda solta para poder voar
Até algum trilho ou rota
Que ainda não se atreveu ninguém a tocar
Assim pé ante pé aparece
Sem contar acontece
E sem mais se deixa assim alcançar
Até ao momento de ser
No teu ser
Até ao evento assim suceder
E alimentar
Outros olhares
Parecendo distantes
Outras chamas
de vida…
Que até parecia
Assim se eclipsar
Ora baça, bafejada
pelo frio do estio
Chamarada
Eco bem forte
Desse algo que não sorte
Que nos foi dado a partilhar
Ora por ventura
A semente segura
Que em solo consagrado
Pelo tempo e teu agrado
Assim cresceu e se deu
Tendo alimentado
Quem dela assim colheu
Desse teu campo tão soletrado
Desse poema tão ousado
Desse tema que te tem falado
Vez a pós vez ao passar
Nessa praça depressa
Nessa correria que cessa
Quando assim consegues chegar
Ao local sem espaço nem tempo
A esse estranho silêncio
Cheio de som – melodia
Estranha antiga sintonia
Que até a criança mais pequenina
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