gesto recatado desse assumir sem se ter deixado
assim de se abeirar, senhora triste dos dias e horas
assim quando em casa prendavas o que assim choras
e deixavas essas lágrimas tocar o chão sem as lavar
nesses momentos nos que sorrias,
pelas surpresas de todos os dias
e nem deixavas de te inspirar
idealista em horas vagas,
senhora dessas ondas, serenas
que das rias desse mar sonhado
te trouxeram para o outro lado
aonde doces e bem pequenas
as do rio que também passavas
para estar nas esplanadas…
a ver e ouvir tua mesma voz
esse sentir que se deixava
entre tanto ouvir que passava
sem sequer te chegar a notar
em silencio na escada,
olhavas quem se abeirava
para depois de mansinho,
recolher devagarinho…
ao aconchego desse teu lar
aonde acabaste por voltar...
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