Quando me lês
De relance
Quando passa inerte cada instante
Quando o tempo a nos entregar
Definha sem cessar
E ainda crendo
Que é suave e lento
Sereno fundamento
A se acrescentar
E dar sem esperar
Retorno
Apenas uma escada
Dessa tua lavra
Dessa tua atenção prendada
Desse dar algo
plantar no nada
Até ver germinar
flor silvestre no olhar
A espera e a esperança, amena…
Desse algo que se bem sabe e leva
Por ai aonde nos é dado a andar
E nessa sensibilidade cristalina
Que deixa passar a luz do dia
Nesse estar despido,
nesse algo frio
Encontrar calor
e amenidade…
Sem mais tempo
Sobriedade…
Desse algo aveludado
Que cresce em mim
em ti e em todo o lado
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