espelhos
imagens subtis
desses tempos,
antigos agasalhos
conselhos que levais e assim assumis…
e nestes retalhos, entre ruas e atalhos
ainda são a vogar,
nesses detalhes…
entre as rosas e flores desse lugar
a se levarem antes nas avenidas,
prendidas por entre os beirais…
tantas quantas as mãos comezinhas…
essas serenas sereias que as regavam
mãos tão cheias de vida
que assim bem as plantavam;
sem mais e sem cessar;
nesses campos prenhes de vida
por entre as ameias amuradas,
dessas antigas estradas…
eram ainda mimadas,
por pés descalços traçadas
os trilhos mais inquietantes eram desbravados,
pelos seres mais pequenos que encontrávamos
a ser e brincar sem mais
serpenteavam
entre o tudo e o nada,
vogavam de lá para cá
sem medo, ser e não ser…
sem sentido desse tal selo
enviavam cartas silentes
aos corações das gentes
as que ainda se atreviam
entre ritmos de alegrias
assim a saber ser cuidar
nem se sabia
se era noite ou dia,
para estar assim
a ver passar…
horizontes
sem princípio
nem se deixar findar
e nesse instrumento que se leva por dentro
compor poemas e melodias de se encantar;
sonhar novas estradas,
veredas vazias marcadas
por pés descalços ao passar
estrofes dessa musicalidade
sem ter tempo nem saber a idade
essa que se levava,
onde a areia parava
assim ai começava
esse imenso mar…
sempre a navegar
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