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quarta-feira, dezembro 16, 2020

mar és interior es

 


espelhos

imagens subtis

desses tempos,

antigos agasalhos

 

conselhos que levais e assim assumis…

e nestes retalhos, entre ruas e atalhos

 

ainda são a vogar,

nesses detalhes…

 

entre as rosas e flores desse lugar

a se levarem antes nas avenidas,

prendidas por entre os beirais…

 

tantas quantas as mãos comezinhas…

essas serenas sereias que as regavam

 

mãos tão cheias de vida

que assim bem as plantavam;

sem mais e sem cessar;

 

nesses campos prenhes de vida

por entre as ameias amuradas,

 

dessas antigas estradas…

eram ainda mimadas,

por pés descalços traçadas

 

os trilhos mais inquietantes eram desbravados,

pelos seres mais pequenos que encontrávamos

 

a ser e brincar sem mais

 

serpenteavam

 

entre o tudo e o nada,

vogavam de lá para cá

 

sem medo, ser e não ser…

sem sentido desse tal selo

 

enviavam cartas silentes

aos corações das gentes

 

as que ainda se atreviam

entre ritmos de alegrias

assim a saber ser cuidar

 

nem se sabia

se era noite ou dia,

para estar assim

a ver passar…

 

horizontes

sem princípio

nem se deixar findar

 

e nesse instrumento que se leva por dentro

compor poemas e melodias de se encantar;

 

sonhar novas estradas,

veredas vazias marcadas

por pés descalços ao passar

 

estrofes dessa musicalidade

sem ter tempo nem saber a idade

 

essa que se levava,

onde a areia parava

assim ai começava

 

esse imenso mar…

sempre a navegar

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