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sábado, dezembro 19, 2020

aeroportos de emoção

 

Nestes horizontes

Nos que a luz é sempre a mudar

Onde as gentes chegam

e não param de chegar;

 

E ao se abeirar,

alguém poderia estar à espera

Depois de tudo se ter de largar

Um tal abraço a alegrar

Esses que agora se nega

 

Que nos recebam devagar… sem duvidar

De que chegámos, que voltamos a estar

 

Em casa – qual suavidade

Entre o campo o rio – cidade

Nesse velho casario – de frio

Esse lugar de brio - no estio

Palavra traduzida em verdade

 

E nesse acolher, rosto familiar a se ver

E nesse voltar, a abrir portas e sonhar

 

Ao sair desse algo que nos estava a levar

Ver veredas ainda inexploradas

Gentes quais portas abertas jamais fechadas

Avenidas de luz e de cor, desse algo de amor

 

O que se leva por dentro

Para doar e se partilhar…

 

Se planta um pouco

entre quem e aonde

ainda se achega ao passar…

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