Sentar frente ao teclado
Um tudo ou nada apagado
Se atrever a estender asas
Primeiro voo
Sempre novo
Saltar... e nessa confiança
Voltar a voar!
E na magia da harmonia dessa tecla vazia
Poisar o olhar e com essa humana força
Quase divina,
suavidade de corça que nos anima:
Adivinhar o ser que nos está a inspirar
Uma paisagem, uma qualquer imagem
Melodia desse dia
ou doutra coisa qualquer...
Que passa por nós adentro
Ganha forma e sentimento
e se faz de novo repousar...
Até que um dia, por simples alegria
Olhes de novo as letras passar;
E no teu ser,
por querer –
assim sem se programar
Aparece a imagem imaginada
Essa fotografia por nós entrelaçada
À espera da tua silente palavra
e poisar suavemente
no coração doutra gente
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