Poesia da cidade que se esvazia e preenche
Qual coração vivente que se deixa
Assim esvaziar
Para lançar aos seus lugares
Assim quais nos lares
Esses que se encontram
Noite e dia
Sem mais
Qual lembrar que bem estamos
Quando juntos celebramos
Essa familiaridade
Sem tempo ou idade
Do reconhecimento que se leva por dentro
Que brilha no olhar
Que canta no sorrir
Que se sente na amenidade
De se suster
Mão em mão
Pontes de ligação
que se entretecem
sem se desligar
e nos voltam a juntar
a esse ritmo
latejante
assim sereno
misterioso
e que nos abre
de par em par
para a emoção desse novo encontrar
um outro coração assim em seu lugar
a se fazer notar
Nesses lugares prendados
Nesses tempos sagrados
Nesses momentos nos que nos damos
E lembramos
Quanto ainda somos humanos
Nesse deixar de correr
E encontrar que fazer
Pelo simples facto de ser
Assim
Sem mais
E ser em abraços levados
Assim mão em mão elevados
Para sentir outra vez
Universos sem fim a passar
Pelo âmago desse renascer
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