Nesse algo
que se mexe
Nesse ebulição
que se entretece
Nesse sopro subtil
Que permanece
E não se esquece
Nem arrefece
Alento
Sopro suave
Sustento
Da poesia a clave
Desse animar
Sentimento
Uma alegre
melancolia
Que se faz folia
Ao se abeirar
Das margens vazias
Dessas vagas divinas
Que nos tocam
ao se prolongar
E nos fazem ressoar
Qual corda
de harpa inspirada
E se elevam
E nos levam
Ai onde a alma
ainda é farta
Desse sentido
Ora sentimento
Desse sentir
que se leva
e mostra
por dentro
E se faz surgir
Em seu momento
Quando
Sedente
Esperando
Te sentas
Sonhando
E levantas
Tecla a tecla
Essa harmonia
celestial
Esse algo
original
Essa rima
dividida
Entre o real e a magia
Que nos leva
A querer acreditar
Que algo ou alguém
Nos vai tocar
Ao reler
Sem saber
O que levamos em ser geral
E nesse espaço idealizado
Nesse encontro aninhado
Em nós
Permanece
E prevalece
Esse algo de vida
Que jamais se esquece
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