mais simples que pensar
que na mesma ramagem
na mesma árvore da vida
nos iríamos encontrar
que nas mais simples folhas
dispersas
poderíamos de novo achar
o gesto simples
espiral formal
que dançando aqui bem na terra
nos convidasse a nós a dançar
e nesse preencher a vontade plena
com um gesto que valha a pena
para nas folhas escrever
o romance mais simples
compaixão assim a arder
na noite mais fria
no silencio apagado
pelo uivo mais estranho
do vento que parecia...
silenciado;
e pelo ver olhar e sentir
nesse sentido a se abrir
nesse sentimento fechado
nesse estar logo a ouvir:
o suspiro
desse amor
bem acalentado
e sem se dizer
apenas a suspirar
alento suave
mãos a entrelaçar
na mesma dança em espiral
no mesmo rugir do vento
ainda que lá fora anuncie
temporal
no circulo fluido da vida
de um sentimento amigo
que se traduz
em sua própria maneira...
nesse ser
que se entrega
e se entrelaça
aonde quer
que queira
e nessa que já sabe estar
por dentro a ver vogar...
o sonho depois descrito;
o sonho ar em suavidade
e devagar e sem divagar:
de novo o dito
o que se silenciou
o que na dança da vida
por fim... se achou...
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