Algures no tempo, num certo espaço…
Encontrei hinos de luz, de louvor e de abraço…
Encontrei vidas perdidas que se transmitiam
Entre gentes
Que assim faziam
Cânticos
E melodias
Eram homens que partilhavem
As luzes
Da noite
Dos seus dias…
Eram mulheres
Que dançavam
Salgueiros
Ao vento
E assim assistiam
Eram luzes
Na noite
Estrelas
Cheias de vida
No sorriso
Que assim transmitiam…
Eram a minha mesma vida
Assim reflectida…
Entre as chamas
De um coração
Vivo
Ardiam…
E quem contemplava
Assistia
À força da vida
Transmitida
Dia após dia
Reverenciada
E sustida
Quinhentos
Anos
E mais
Valias
Assim vivas
Um milagre
Magia
Para quem assistia
Às festas
De desluto
Ao cântico novo
Junto á pedra
Antiga
Às novas casas
Do ancião dos dias
Que velava a terra
E a terra valia…
Das palmeiras entrelaçadas
Sejam tectos
Sejam casas
Sejam gentes finas
Feitas velhos criança
Entre tanta gente nova
Que ali passa
Que aprende
A sua própria
Força
Dessa
Desta nossa vida
Que não passa
Renascer
Em Timor
E ver
Que Timor
É aqui
Parece como comparar
Uma flor
E vê-la crescer
Aqui
E ali…
Alguém vê
E não crê
Que é a sua vida
Assim reflectida
Alguém pisa
Sem querer
Alguém pisa
Por se fazer valer
Alguém lembra
Que assim
Sustida
Se pode fazer um dia
Uma nova flor
Na tua
Na minha
Mão
O teu
E o meu
O nosso
Mesmo valor…
Timor
É aqui
E além
Timor é de quem
Assim souber ver
E viver…
Um tempo lento
Para a gente
Que pauta o seu dia
Pelo ritmo
Da melodia
De um coração a bater…
Humana
Mente
Universal
Mente
Latente
E assim
Eterna
Mente
Presente
Vês Timor aqui
Em ti
E em mim
A latir?...
Nesse teu peito
Em flor
Uma semente de vida
A florir
Por amor?...
Formas de traduzir
A vida
Que és
A vida na que crês…
P.S – olhar com outro olhar
Olhar noutro olhar
Sentir além do medo
E ver
O segredo
De te sentir reflectido
Nesse olhar
Agradecido
Que em ti mesmo
Se fez pousar…
Timor é aqui
Em mim
E em ti
E
Em quem assim
Ousar
Olhar…
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