Desde sombra… desde o escuro
Desde onde nascem os sonhos
Que trazemos
E levamos
Por dentro…
Desde onde nada havia
E tudo d’antes
Acontecia
Desde esse mundo
De magia
No que se entrevia
Uma certa casa
Uma certa família
Uma certa vida
De sintonia
Desde essa melodia
Fundamento
De dar passos no escuro
Estado
Por dentro
O alento
Sempre perto
Sempre atento
Sempre surgindo
Além do lamento
De se encontrar
Em cada pedra
Em cada esquina
Uma opção
De ficar
De largar
De descansar
De perseverar
Em perseguir
Esse
Algo
Que por dentro
Nos continua
A chamar
Seja o rosto de uma pessoa amiga
Seja o olhar que a ilumina
Seja essa luz
Antiga
Que se veja
Reflectida
Cada vez mais incontida
Na luz do dia a dia
Seja esse força
Amiga
Que vem além da perspectiva
Desse novo tempo
Que se anuncia
No qual o coração
Diga
Aquilo que á mente
Lhe é velado lembrar…
Um dia
No que as definições novas
Por dentro
Corações que ecoam
Sentimento
Sejam mais
Muitos mais
E possam cantar
E evocar
Essa luz
Que nos guia
Essa força anterga
Que diga
Sem margem a que outra
Ofusque
A sua sintonia
Que entre quem ama
Quem assim creia
Quem persevera
Que assim faça
E diga
Existem
As mais valias
Encontros
De sintonias
Existem os que ainda
Esperam
Que as
Sementes
Dessa mesma vida
Sejam
Em simesmos
Em si mesmas
Traduzidas
Procurar
Por amor
Traduz
O que há por dentro
De melhor
Ouvir
A dor
Da separação
Traduz
Esse mesmo primor
Uma e outra
A mesma via
A mesma chamada antiga
A mesma pátria esquecida
Regresso ou simples chegada…
Porto de abrigo seguro
Ou noite escura passada…
Dia sem noite
Luar que descansa
Algo que nos alimenta
Por dentro
Entre o sol que se esconde
E a lua que o abraça
Sintonia suave…
Melodia
Distante
Subtil abraço
Prateado
Leve
E enlevado…
São os sopros
E suspiros
De uma vida
A que te digo
Feita palavra amiga
Neste contexto
Neste momento…
É um clamor que se levanta
Quando sol anuncia aurora e espr’ança
É uma força que se invoca
Num canto amigo
Que se mostra
E demonstra
Quanto de nós habita
Onde não se encontra a vida
Quando me entrego
Semmais
Quando deixo as palavras fluir
Em si mesmas
Enquanto tais…
Quando algo por dentro se agita…
E grita
Que a vida
É bonita
É bonita
É bonita…
Músicas antigas
Seres que procuram
Em perspectiva
Encontrar esse caminho
Veraz
Essa perspectiva audaz
De a cantar no meio da rua
De serem estátuas vivas
Ferventes
De pele nua
De ir além do que se vê
E crê
E crer que por dentro
Algo novo
Nos vê
E assim anima
A gerar perspectivas
Onde
Outrora
Crianças
Víamos a vida
Entrelaçar
Asas
De sonhos
Em seres risonhos
Entre as florestas antigas
Melodias amigas
Entre as guirnaldas
Floridas
Entre as danças
E os cantos
De quem assim vivia
Coisas que mais não se esquecia
Coisas que se traz por dentro
Coisas que as rochas cantam
Em lúgubre lamento
E que o mar evoca
Em quada vez que o pisa
Um ser que assim o toca
Suspira
Assim por dentro
Se vê
Assim
Por dentro
se crê
Que o que separa
Ainda se não vê
Que o véu de magia
Que é essa humana alegria
Traz em si a sintonia
Que a mente
Esquece
E que o tempo arrefece
Se ainda
Não converge
Toda essa força
Em nós contida
Para o caminho de casa
Dessa porta
A entrada
Para outros
A saída…
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