Sendo poeta – cantava – com voz de cotovia – a guerra que se
anuncia…
Dizia – sendo poeta – que o amor e a poesia – não se fazem
da noite para o dia…
Sendo poeta – cantava – a força de uma força que esmaga a
força que agera…
Quem soube o que era – a noite vazia, o desespero que se
espera.. antes do nascer do seu dia…
Quem soube o silêncio do desespero… aflito… que se berra em cantos
novos… como quimeras…como “guernicas” que berram – na noite silente a vida que
assim se entrega…
À flor das águas… devagar.. ninho de vida entre a vida a se
esvaziar…
Força de canto…. Do poeta o encanto – que desfaz na primeira
linha tudo o resto que sua prosa e melodia anunciam…
Amante de guerras ou criador de paz… entrelaçar linhas – tão
belas – entre as vidas de quem espera… cântico negro de negras velas, fado
tradicional.. saudade ou morriña viva – sentida
Vive o poeta enovelado – pela sombra que vela –a sua própria
melodia…
Cantada e celebrada em tempo de eventos que a memória apaga…
Que mais se ouve hoje seu grito…
Vive o poeta enovelado – pela sombra que vela –a sua própria
melodia…
Cantada e celebrada em tempo de eventos que a memória apaga…
Que mais se ouve hoje seu grito…
Eles e elas – eles cantam o que elas descrevem, elas
encantam o que deles segue… e assim concebem novos mundos – de entre a dor e
dos profundos… ecos de dor que lateja… que se faz eco infinito que levanta e
eleva o grito à forma de arte – além do circunscrito… além da vista que se
concentra – expende e alimenta – o grito dessa cotovia que antecedia a noite
fria – transformada em grito vibrante de a algo, de um galo alto – berrando alvorada
onde se anunciava a noite fria e velada que trazia mais nada do que a morte
assim anucniada –
É despertar desde dentro – qo que nos faz ser… o sustento e
fundamento da morte vivida – transformada em vida pelo facto de a fazer brilhar
– seja com a palavra sentida, seja com a dor da prespectiva – velada –
transformada em vida nova pela prosa e pela trova de assimdar ao mundo por amor…
E amor não me engana.. que na noite fria se esvai e se
espanta e assim não é amor…
E se canta.. e encanta… se se faz melodia que espanta – as vozes
frias das sombras veladas e sentida pelo poeta e a sua aventura de vida…
Pelo que que cantou em guerra hinos de paz… pela moça ou
rapariga e pelo rapaz – que o cantaram noutro dia – numa outra força sentida…
pelo poeta ou poetisa –q eu transforam o sangue em vida – na pena de pele
investida – criaram melodias de sonhos e entrelaçaram os ecos medonhos – de pesadelos
de noites e desvelos – em finas filigranas – de palavras vivas que mais não
terminam e das suas vidas – ecos destas melodias –q eu em nós mais não acabam…
É dar ao mundo a palavra, parir ou partir por amor…
é deixar que a triste e antiga chama – brilhe por dentro com
fervor…
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