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sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Orbes celestes - como se comprazem e assim - quem assim - em bem - se apreste... (I)






uma cupula suportou
uma intenção preservou
uma esfera
ainda latente
jaz algures
silente







Entre as gotas e as vasilhas
que as recolhem
notas...

entre as honorosas cordas
que são tangidas
sentes as forças de nossas vidas
assim vibrantes
assim potentes
assim constantes
como d’antes

ao som
tão claro
como por vezes ausente
do nosso estranho fado

esse que caminho
sendo
caminho
juntos
andamos
esse que nos fala por dentro
que é assim caminho
caminho que juntos partilhamos

que nos diz que estamos a caminho
quando parece que estamos sozinhos
e
 que apenas entre o eco
som contido e discreto
estando a caminho 
caminho palmilhamos



eco de mil cores feito qual um
em qualquer vida
em qualquer um
uma força que vença
sem se vencer
uma voz que convença
sem nada dizer
uma lágrima chorada
por quem mais a não pode ver
uma vida partilhada
por quem assim a não soube viver

entre dois mundos e duas forças
algo por dentro a reunir
por fora qual senhor ou senhora
por dento uma nova vida a surgir



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as mensagens assim ouvidas e a voltar
sem ofender nem tomar nem usurpar

tocando com solenidade
além de tempo aspecto ou idade

assim qual sopro... vivenciando

uma palavra que se suspira
e aspira
à mais alta forma de vida

AINDA

em 
vida

tanto...
tanto...

, passadas
sentidas
nos passos das estradas garridas
assim projectadas
por nossas próprias vidas
“pintadas”

assim partilhadas

assim feitas 
qual vivas estradas
assim de novo honradas
qual filigranas

de pratas 
mais do que prateadas

entre os momentos que parecem ser tudo

e seus respectivos "nadas"

preenchidos assim de lutos
lutando pela vida honrada

sendo assim pelas vivas vozes
de viv'alma trespassadas

entre os violinos e os sinos
de quem ouviu sem saber
de quem acreditou sem crer
de quem assim soube sem nada saber
e se entregou...

é vivenciou
aquilo que apenas o amor
e amar
e ser
(sede)
de se ser e de "ali estar"

(e querer
de ali ficar)

pode assim em nós
através de nós viver
assim entre nós
de novo ser

escorrendo qual rio
nem de calor
nem de frio

prenhe
de vida 

assim espiralada
assim esperada

por quem lutou
sem lutar

por quem ganhou
sem se impor nem vergar

assim transformada
pela luz do sol de amor e o sensível ser de luz do luar

e sem ser
e sem mais não ver
numa ou outra cor
se esvai

para vida na terra 
nova vida na terra
vida entre vidas novas plantar

assim qual espada partida
qual jugo de vida fendida

assim tal qual fogo de vida
...assim...

quem defenda 
quem contenda

assim quem espere
...desespere...
 faça de sua alma 
de sua via ...
tão breve
tão angosta ou esguia
sem maior
sem menor guia 

do que aquilo 
que por dentro alumia

a memória  clara e luzidia
memória
de aqui estar
memória
de aqui chegar
memória de viver e perseverar
de seguir sem mais nada temer
sem maior reconhecer
do que esse estranho e latente
esse algo vivo e PRESENTE
esse vivo palpitar

que se estende entre toda agente e todo o ser e todo o lugar
por entre onde e quem e quando

assim em vida e canto d’esperanto

vida nova assim puder(es) de novo plantar
quais pés descalços
no jardim estival


que entre alto
 alvo

branco
e
frio manto

passando

devolvendo uma luz
uma alva flor que renasce e reluz

baixo cada um dos teus pés
sobre aquilo que pensas que vês
por entre aquilo que sabes ser
e entre aquilo que te foi dado a vi(e re)ver

essa força antiga
alta
de estiva
de se recolher o ser
preparado em vida
a vida plena a viver

esse o ser e estar e aspirar
sem mais nada fazer
do que seguir o caminho a rever
do que descobrir
no rosto  ase abrir
em abraço de par em par
a assumir
o seu mais apreciado tesouro
alvo que nem prata
aureo que nem ouro
sem cor para ser maior de louvor interior
assim estipulado o caminho interno
além do inverno
sendo levado
pela vereda do mais profundo inferno inventado
reencontrando primaveras vivas
lado a lado
assim plantado
um novo jardim
assim em ti
assim em mim
entre a flor das águas e a flor de jasmim

entre o que por dentro choras e o que por fora ainda ignoras
assim se entra
assim…



história breve para quem a escreve
que se desenrola
que se desentrelaça
que se faz vida e brio e entre as brumas se espaira e as brumas espirala
 qual nova forma de graça
qual ave que nos trespassa
sem se ver
e que assume a sua força viva
sem se impor ou vencer

sendo apenas
sendo
penas ao vento
espairecendo
leve jugo
fiel e fina aragem
qual a vida que exprime a sina desta alva e pura e livre e áurea coragem

acção
sem agir
coração de novo  a latejar
sem se sumir
entre as trevas de mais não lembrar
a sua essência livre e a sua ansia de 
se elevar
de voltar
sem haver mais costas a nos mostrar
caminhos velados ou rotas antigas de trejeitos traçados

esses caminhos
de novo livres  e vivos e honrados
entre seres amigos
que nos falam de tempos novos  e velhos e antigos

que mais não terminam
que vidas mais não acabam


presentes para quem os souber bem viver
seres ausentes para quem os não quiser bem viver

entre as lanças
que assim se lançam
a combate
sem combater

por entre as sombras da vida se entrelaçam
e o seu bem-querer é maior que o poder

 o seu fiel embate
assim se esbate
qual uma bruma
qual branca espuma
de uma vaga imensa a nos encontrar
de novo acolher e amparar

e em baptismo de fogo novo
entre sal e água e vida e povo
assim a nos reviver
nova força imensa e nossa
assim por nós e entre nos a se fazer ver
assim através de nós de novo renascer

quando as sombras se façam amargas
e os tempos
rasguem fendidas ilhargas
quando se deixem os braços descair
e as esperanças
finas espr’anças
d’outrora
de se ser senhor e criança
senhora de ser que ainda avança

que mais não se arrasta
que se prepara para se reerguer
além da mentira fria
e do frio fogo
do novo e negro poder

vai assim os ser Humano
RENASCER
digno e dignificado
por entre frio e fogo ter passado

assim de novo
retemperado
ser Humano assim reerguido
assim de novo vivo
assim de novo Digno e decidido
no caminho que mais não é perdido

serão as feridas do caminho obscuro
de novo em corpo de luz curado

seja o renascer de uma nova vida
seja assim em vida de novo aconchegado

por entes
cientes
do seu cometido
por tudo em vida e obra
e ser e fazer e viver
terem á própria vida assim entregue e assumida


sejam assim testemunho
sejam assim testemunhas
sejam assim quem ampare o nascer
sejam assim que guarde esta nova forma de ser e viver

de vida
em tal viver
testemunho bem dado
juntos sempre
ainda que sempre longe
juntos e sempre
lado a lado

fielmente

em centro de vida resguardado
qual fonte ainda latente

que jorra sem parar

a viva e sublime essência
que ainda se encontra
neste estranho e frio lugar

que é de engendros a nos proteger
que é de seus tormentos  a nos resguardar

que é de centros de eventos
de eléctricos e primeiros miramentos

a se desprender
a desaparecer
a se desvanecer

suavemente

devagar

como uma grande cobra
de vida
enrolada

contida
prestes a mudar a pele
essa
que tem sido tão marcada

a mudar de lugar
de maneira de viver
da forma e maneira de estar

e não a há forma de a definir

pois impregna tudo e todos e todo o lugar

e não há forma de a circunscrever
quando
não há quem que queira sequer limitar

a força da vida

em sua essência mais sibilina

nem na sua outra imagem em espelho qual altar

que se mostra
assim
num rosto
nem jovem
nem velho

lampejo por entre o espelho e a imagem a se ver e sentir e definir
essa tal luz que reluz
já em ti
ja em mim

que tantos pretendem ainda
prender e pautar e ter e controlar

como dantes fizeram
como assim os estão a mandatar

como tanto ignoram
que é força de luz e vida
que vem sem estar assistida

vem plena para nos levar
enganar as sombras
e de novo nos elevar
e entre os coros de outros
por fim poder de novo entoar
os cânticos de gloria
de eterno ser



em plenitude
assim
“ali”
“estar”

entre a mais profunda caverna e a mais alta altitude
a ser harmonia em redor

a ser harmonia maior
a trespassar o medo e a dor

e do medo fazer amor

e a da dor o relembrar
mesmo fado
em nós
entre nós

e os nós da dor desatar

e as cicatrizes

do ardor
de ir e amar além do que se possa pautar

nem medir nem impedir nem restringir
tempos
“kairos”
Novos que já pairam no ar

ÁGAPE
Que assim
Tudo e a todos
Congrega

E
chama
Em nobre
Invisível chama

Por dentro a se fazer notar
Por fora
Fora tudo
Assim tudo a transformar



que nos ficaram quais fatos novos de luzes desataram
os fiapos rasgaram em vestes novas assim se entregaram

cada opção
que prendeu
uma que assim se aprendeu

e uma chama de louvor
em céu maior reacendeu

assim se reparam
os estragos
e os tramos
amargos
se fazem claros

se dissipam assombras
e nos vemos
num mesmo coro assim nos contemos

esperando a nota
esperando a pauta
esperando o gesto de quem ergue e levanta

aurora do alvorecer
que está prestes em ti
e em mima
se deixar suceder

nova vida entre as vidas novas a renascer
qual senhor ou senhora feira criança
qual dama que era feia
feita assim nova espr’ança

qual poder a se desvanecer
e dos fiapos dos seus farrapos
vestes novas a se entretecer

ao dançar no fluxo de vida se deixar levar
já mais não detida

…despida…

de si e de posse de ter e lugar

e assim liberta
qual alma de novo ao sol da luz interior aberta
iluminando já mais sem cessar

ascensa seu céu tocando
liberta assim

qual estrela

pairando
que tal graça acontecesse
e tal visão
de novo
em alma e vida e via e coração sucedesse

como outrora

triste senhora
a que chora

as lágrimas do mundo e as entrelaça
em rios de vidas novas
para que vida nova assim nasça

viesse
e se desvanecesse
e entre nós de novo viesse pousar

qual bruma sobre rio espelhado assim de novo em vida e brio

bafejados

sendo assim de novo
consagrados
ao coro
de sempre
onde
desde sempre
sempre estamos

novas melodias
novas
novas melodias
tolas e antigas
harmonias para um tempo de sofreguidão
de alma de vida de sentido além da negra solidão

um caminho
um caminho antigo
que apela desde o fundo

desde o profundo de Ser e de Coração é de Interno Reconhecer
além de mais não saber

além de mais
não se precaver
quando acontecerá

como terá de ser
como se terá de entregar

quem assim já sabe
de vida e alegria
prenhe amigo e amiga
já em si jamais cabe
pois é semente sorridente
que se entregará

além do que manda e pauta a gente
o tempo e lei
que nos foi dada a preservar

os tempos são chegados
de que o cerne seja lembrado

e entre os cantos
consagrados
a quilo que estava velado

sendo
lenta e pausadamente
suave e discreto
envolvente

qual parto
bem lembrado
qual colo eterno
bem-amado
qual olhar
iluminado
que nos é dado
a primeiro se rever

qual abraço
para sempre lacrado
esse que nem nos larga
nem se deixa
nem se desleixa no seu
bem a precaver


assim de novo relembrado
e sente e É
aquele e aquela
que a vida
a sina em sinal
assim doa e dá



Pois é a harmonia
Que se devia
Sentir e cantar e a ecoar
E por entre espaço e tempo
Esvoaçar

sem maior fundamento
do que o ser interno a nos guiar

Qual alvas luzes espiralando
Qual seres fugazes
Assim de novo subindo
Voando
Se manifestando qual iguais
Agitando suas asas entre lugares além mais


Qual seres de alvor
De vida e primor

O que somos e ainda lembramos

Quais seres de vida e de amor
Que desde sempre
no cerne
assim nos encontramos


pilar de força maior
pilar devida em derredor
pilar que gira e aspira
e suspira
e nos faz

e pilar de alvura e digna premura

que entre a vida eterna nos guia e compraz

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