uma cupula suportou
uma intenção preservou
uma esfera
ainda latente
jaz algures
silente
Entre as gotas e
as vasilhas
que as recolhem
notas...
entre as
honorosas cordas
que são tangidas
sentes as forças
de nossas vidas
assim vibrantes
assim potentes
assim constantes
como d’antes
ao som
tão claro
como por vezes
ausente
do nosso estranho
fado
esse que caminho
sendo
caminho
juntos
andamos
esse que nos fala
por dentro
e
que é assim
caminho
caminho que
juntos partilhamos
que nos diz que
estamos a caminho
quando parece que
estamos sozinhos
e
que apenas
entre o eco
som contido e
discreto
estando a
caminho
o
caminho
palmilhamos
eco de mil cores
feito qual um
em qualquer vida
em qualquer um
uma força que
vença
sem se vencer
uma voz que
convença
sem nada dizer
uma lágrima
chorada
por quem mais a
não pode ver
uma vida
partilhada
por quem assim a
não soube viver
entre dois mundos
e duas forças
algo por dentro a
reunir
por fora qual
senhor ou senhora
por dento uma
nova vida a surgir
as mensagens
assim ouvidas e a voltar
sem ofender nem
tomar nem usurpar
tocando com
solenidade
além de tempo
aspecto ou idade
assim qual
sopro... vivenciando
uma palavra que
se suspira
e aspira
à mais alta forma
de vida
AINDA
em
vida
tanto...
tanto...
, passadas
sentidas
nos passos das
estradas garridas
assim projectadas
por nossas próprias
vidas
“pintadas”
assim partilhadas
assim
feitas
qual vivas
estradas
assim de novo
honradas
qual filigranas
de pratas
mais do que
prateadas
entre os momentos
que parecem ser tudo
e seus
respectivos "nadas"
preenchidos assim
de lutos
lutando pela vida
honrada
sendo assim pelas
vivas vozes
de viv'alma
trespassadas
entre os violinos
e os sinos
de quem ouviu sem
saber
de quem acreditou
sem crer
de quem assim
soube sem nada saber
e se entregou...
é vivenciou
aquilo que apenas
o amor
e amar
e ser
(sede)
de se ser e de
"ali estar"
(e querer
de ali ficar)
pode assim em nós
através de nós
viver
assim entre nós
de novo ser
escorrendo qual
rio
nem de calor
nem de frio
prenhe
de vida
assim espiralada
assim esperada
por quem lutou
sem lutar
por quem ganhou
sem se impor nem
vergar
assim
transformada
pela luz do sol
de amor e o sensível ser de luz do luar
e sem ser
e sem mais não
ver
numa ou outra cor
se esvai
para vida na
terra
nova vida na
terra
vida entre vidas
novas plantar
assim qual espada
partida
qual jugo de vida
fendida
assim tal qual
fogo de vida
...assim...
quem
defenda
quem contenda
assim quem espere
...desespere...
faça de sua
alma
de sua via ...
tão breve
tão angosta ou
esguia
sem maior
sem menor
guia
do que
aquilo
que por dentro
alumia
a memória
clara e luzidia
memória
de aqui estar
memória
de aqui chegar
memória de viver
e perseverar
de seguir sem mais
nada temer
sem maior
reconhecer
do que esse
estranho e latente
esse algo vivo e
PRESENTE
esse vivo
palpitar
que se estende
entre toda agente e todo o ser e todo o lugar
por entre onde e
quem e quando
assim em vida e
canto d’esperanto
vida nova assim
puder(es) de novo plantar
quais pés
descalços
no jardim estival
que entre alto
alvo
branco
e
frio manto
passando
devolvendo uma
luz
uma alva flor que
renasce e reluz
baixo cada um dos
teus pés
sobre aquilo que
pensas que vês
por entre aquilo que
sabes ser
e entre aquilo
que te foi dado a vi(e re)ver
essa força antiga
alta
de estiva
de se recolher o
ser
preparado em vida
a vida plena a viver
esse o ser e estar
e aspirar
sem mais nada
fazer
do que seguir o
caminho a rever
do que descobrir
no rosto
ase abrir
em abraço de par
em par
a assumir
o seu mais apreciado
tesouro
alvo que nem
prata
aureo que nem
ouro
sem cor para ser
maior de louvor interior
assim estipulado
o caminho interno
além do inverno
sendo levado
pela vereda do mais
profundo inferno inventado
reencontrando
primaveras vivas
lado a lado
assim plantado
um novo jardim
assim em ti
assim em mim
entre a flor das
águas e a flor de jasmim
entre o que por
dentro choras e o que por fora ainda ignoras
assim se entra
assim…
história breve
para quem a escreve
que se desenrola
que se
desentrelaça
que se faz vida e
brio e entre as brumas se espaira e as brumas espirala
qual nova forma de graça
qual ave que nos
trespassa
sem se ver
e que assume a
sua força viva
sem se impor ou
vencer
sendo apenas
sendo
penas ao vento
espairecendo
leve jugo
fiel e fina
aragem
qual a vida que
exprime a sina desta alva e pura e livre e áurea coragem
acção
sem agir
coração de novo
a latejar
sem se sumir
entre as trevas
de mais não lembrar
a sua essência
livre e a sua ansia de
se elevar
de voltar
sem haver mais
costas a nos mostrar
caminhos velados
ou rotas antigas de trejeitos traçados
esses caminhos
de novo livres
e vivos e honrados
entre seres
amigos
que nos falam de
tempos novos e velhos e antigos
que mais não
terminam
que vidas mais
não acabam
presentes para
quem os souber bem viver
seres ausentes
para quem os não quiser bem viver
entre as lanças
que assim se
lançam
a combate
sem combater
por entre as
sombras da vida se entrelaçam
e o seu
bem-querer é maior que o poder
o seu fiel
embate
assim se esbate
qual uma bruma
qual branca
espuma
de uma vaga
imensa a nos encontrar
de novo acolher e
amparar
e em baptismo de
fogo novo
entre sal e água
e vida e povo
assim a nos
reviver
nova força imensa
e nossa
assim por nós e
entre nos a se fazer ver
assim através de
nós de novo renascer
quando as sombras
se façam amargas
e os tempos
rasguem fendidas
ilhargas
quando se deixem
os braços descair
e as esperanças
finas espr’anças
d’outrora
de se ser senhor
e criança
senhora de ser
que ainda avança
que mais não se
arrasta
que se prepara
para se reerguer
além da mentira
fria
e do frio fogo
do novo e negro poder
vai assim os ser
Humano
RENASCER
digno e dignificado
por entre frio e
fogo ter passado
assim de novo
retemperado
ser Humano assim
reerguido
assim de novo
vivo
assim de novo
Digno e decidido
no caminho que
mais não é perdido
serão as feridas
do caminho obscuro
de novo em corpo
de luz curado
seja o renascer
de uma nova vida
seja assim em
vida de novo aconchegado
por entes
cientes
do seu cometido
por tudo em vida
e obra
e ser e fazer e
viver
terem á própria
vida assim entregue e assumida
sejam assim
testemunho
sejam assim
testemunhas
sejam assim quem
ampare o nascer
sejam assim que
guarde esta nova forma de ser e viver
de vida
em tal viver
testemunho bem
dado
juntos sempre
ainda que sempre longe
juntos e sempre
lado a lado
fielmente
em centro de vida
resguardado
qual fonte ainda
latente
que jorra sem
parar
a viva e sublime
essência
que ainda se
encontra
neste estranho e
frio lugar
que é de
engendros a nos proteger
que é de seus
tormentos a nos resguardar
que é de centros
de eventos
de eléctricos e
primeiros miramentos
a se desprender
a desaparecer
a se desvanecer
suavemente
devagar
como uma grande
cobra
de vida
enrolada
contida
prestes a mudar a
pele
essa
que tem sido tão
marcada
a mudar de lugar
de maneira de
viver
da forma e
maneira de estar
e não a há forma
de a definir
pois impregna
tudo e todos e todo o lugar
e não há forma de
a circunscrever
quando
não há quem que queira
sequer limitar
a força da vida
em sua essência
mais sibilina
nem na sua outra
imagem em espelho qual altar
que se mostra
assim
num rosto
nem jovem
nem velho
lampejo por entre
o espelho e a imagem a se ver e sentir e definir
essa tal luz que
reluz
já em ti
ja em mim
que tantos pretendem
ainda
prender e pautar
e ter e controlar
como dantes
fizeram
como assim os estão
a mandatar
como tanto ignoram
que é força de luz
e vida
que vem sem estar
assistida
vem plena para
nos levar
enganar as
sombras
e de novo nos
elevar
e entre os coros
de outros
por fim poder de
novo entoar
os cânticos de
gloria
de eterno ser
em plenitude
assim
“ali”
“estar”
entre a mais
profunda caverna e a mais alta altitude
a ser harmonia em
redor
a ser harmonia maior
a trespassar o
medo e a dor
e do medo fazer
amor
e a da dor o
relembrar
mesmo fado
em nós
entre nós
e os nós da dor
desatar
e as cicatrizes
do ardor
de ir e amar além
do que se possa pautar
nem medir nem
impedir nem restringir
tempos
“kairos”
Novos que já
pairam no ar
ÁGAPE
Que assim
Tudo e a todos
Congrega
E
chama
Em nobre
Invisível chama
Por dentro a se
fazer notar
Por fora
Fora tudo
Assim tudo a transformar
que nos ficaram
quais fatos novos de luzes desataram
os fiapos rasgaram
em vestes novas assim se entregaram
cada opção
que prendeu
uma que assim se aprendeu
e uma chama de
louvor
em céu maior
reacendeu
assim se reparam
os estragos
e os tramos
amargos
se fazem claros
se dissipam
assombras
e nos vemos
num mesmo coro
assim nos contemos
esperando a nota
esperando a pauta
esperando o gesto
de quem ergue e levanta
aurora do
alvorecer
que está prestes em
ti
e em mima
se deixar suceder
nova vida entre
as vidas novas a renascer
qual senhor ou
senhora feira criança
qual dama que era
feia
feita assim nova
espr’ança
qual poder a se
desvanecer
e dos fiapos dos seus
farrapos
vestes novas a se
entretecer
ao dançar no fluxo
de vida se deixar levar
já mais não detida
…despida…
de si e de posse
de ter e lugar
e assim liberta
qual alma de novo
ao sol da luz interior aberta
iluminando já
mais sem cessar
ascensa seu céu
tocando
liberta assim
qual estrela
pairando
que tal graça
acontecesse
e tal visão
de novo
em alma e vida e
via e coração sucedesse
como outrora
triste senhora
a que chora
as lágrimas do
mundo e as entrelaça
em rios de vidas
novas
para que vida
nova assim nasça
viesse
e se desvanecesse
e entre nós de
novo viesse pousar
qual bruma sobre
rio espelhado assim de novo em vida e brio
bafejados
sendo assim de
novo
consagrados
ao coro
de sempre
onde
desde sempre
sempre estamos
novas melodias
novas
novas melodias
tolas e antigas
harmonias para um
tempo de sofreguidão
de alma de vida
de sentido além da negra solidão
um caminho
um caminho antigo
que apela desde o
fundo
desde o profundo
de Ser e de Coração é de Interno Reconhecer
além de mais não
saber
além de mais
não se precaver
quando acontecerá
como terá de ser
como se terá de
entregar
quem assim já
sabe
de vida e alegria
prenhe amigo e
amiga
já em si jamais cabe
pois é semente
sorridente
que se entregará
além do que manda
e pauta a gente
o tempo e lei
que nos foi dada
a preservar
os tempos são
chegados
de que o cerne
seja lembrado
e entre os cantos
consagrados
a quilo que
estava velado
sendo
lenta e pausadamente
suave e discreto
envolvente
qual parto
bem lembrado
qual colo eterno
bem-amado
qual olhar
iluminado
que nos é dado
a primeiro se
rever
qual abraço
para sempre
lacrado
esse que nem nos
larga
nem se deixa
nem se desleixa
no seu
bem a precaver
assim de novo
relembrado
e sente e É
aquele e aquela
que a vida
a sina em sinal
assim doa e dá
Pois é a harmonia
Que se devia
Sentir e cantar e
a ecoar
E por entre
espaço e tempo
Esvoaçar
sem maior
fundamento
do que o ser
interno a nos guiar
Qual alvas luzes
espiralando
Qual seres
fugazes
Assim de novo
subindo
Voando
Se manifestando
qual iguais
Agitando suas
asas entre lugares além mais
Qual seres de
alvor
De vida e primor
O que somos e
ainda lembramos
Quais seres de
vida e de amor
Que desde sempre
no cerne
assim nos
encontramos
pilar de força
maior
pilar devida em
derredor
pilar que gira e
aspira
e suspira
e nos faz
e pilar de alvura
e digna premura
que entre a vida
eterna nos guia e compraz
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