Que palpita sem se ver
Que se manifesta sem querer
Que se mostra
Quando não estás a ver
E vendo
Começa assim a acontecer
Esse algo te chama
O teu olhar reclama
A tua viva chama – chama
Para se mostrar
Para se manifestar
Em pleno dia
Baixo a luz do luar
Assim de cálida
E quente
Assim de presente
É o teu ser …
É o teu viver
Que assim palpita
É o que está acontecer
A quem assim explica
Ainda que não se possa
Em si
Descrever
Algo que em nos
Indica
Que algo novo está a nascer
Que nos diz
Que o sopro vivo
Que é
Em nós amigo
Não há assim
De morrer
Algo
Vivo
Está a latejar
Amiga
Amigo
Nos irmanando
Mais não se contendo
Mais não se entregando
Livre no mostrando
O caminho maior
A se percorrer
Lado a lado
Sempre juntos
Assim
Eternos mundos
A se encontrar
E se reerguer
Como pedras esquecidas
Como pequenas e antigas cantigas
De novo recordadas
Como histórias amigas
Nos corações guardadas
Esperando assim
Reviver
Sementes de vidas
Assim germinando
Perfurando o chão pétreo
Onde se encontravam
Refazendo de vida a antiga estrada
E a vereda
E o jardim
Em ti
E em mim
Aparecendo
De novo
Assim
Tão perto
De um momento
De um suspiro
Eternamente aberto
De se entregar sem esperar
O que vai assim suceder
Dançando na luz do eterno
Entre qualquer espaço aberto
Entrelaçando assim fundamento
De ser vivo
Liberto
Com todo o ser Humano
Desperto
Que assim pode de novo
Reviver…
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