Na derrota surge a espr’ança… de uns anos de bonança… de uns
momentos nos que se esqueceu… tudo aquilo que havia, o que era realmente… o que
reluzia… o que é teu e meu….
Um dia… nesse – NOSSO – PRIMEIRO DIA…
Deixar rodar.. deixar o mundo avançar… para o abismo ou para
onde quer que vá parar…
E ir… e largar.. e estender asas e voar…
E deixar o medo de mais não se enraizar… sabendo que as
raízes – por dentro – ninguém as vai poder apagar….
E ir – e confiar – que algures – neste imenso mundo.- estará
lá alguém para nos ajudar…
E ir – passo a passo – devagar – deixar este ritmo
endiabrado que me esta (nos está) a matar… a separar, a secar… a deixar de fora
neste ou naquele lugar – nichos vivos – com scírios passivos – como velas num
obscuro altar…
E assim – saber largar, chorar e ir – e acreditar – que as
raízes que aqui não vi – estão a espera –
nalgum outro lugar – que possa compreender, abranger e ajudar a renascer- oq eu
por dentro não se pode enfim – assim - encontrar…
Que as pequenas gotas de vida – que caíam – se esvaíam na
rotina de todos os dias, nessas pedras gastas, cinzentas marcadas – de tantas e
tantas outras vidas marcadas, de tantas e tantas outras a – as mesmas passadas –
de tantos e tantos momentos que somados – são tantos nadas…
Que a força por dentro lacrada – é bem mais forte do que não
valer nada…
Que o espaço para que vingue e seja assim – o que é – esteja
num lugar que não este – que não o teu ou o meu…
Que desgastar-se e lutar alimenta esta força que nos está a drenar…
Que dar de nós o melhor – num lugar onde não louvor –
implica ir caindo, descaindo – sendo igual – a tudo aquilo que sonhavas mudar…
Que se te deixas ficar – no teu seguro e quieto lugar –
avida – por ti , amigo, amiga – vai passar e tu vais ver… todo o mundo a
crescer e – tu – sempre, sempre igual…
Mudamos os olhos, mudamos os saudos risonhos, mudamos o
sentir-se vazios, por dentro frios – esperando sabe-se lá que novidade a passar
– que o vizinho era o tal tipo esquisso – que mais não é do que a tua imagem no
espelho do singular…
E ligar o tal aparelho que nos está cilindrar – faz mais de
dez anos e seguir assim a nos drogar…
E acreditar que la fora não sopra o vento e ficar cá dentro
Quando a vida é lá… e veras folhas ao vento… e nós sem as
poder tocar
E sentir a brisa na cara e subir para além da estrada e
gritar
Porque apetece, porque é o que se merece –
depois de tanto tempo a se aguentar
Porque a alma assim enlouquece
Se não puder ser e se dar
E encontrar onde poder
Assim Fazer valer
Aquilo que aqui
veio concretizar…
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