Cheques que matam…
Quando se anuncia a morte
– a morte advém
A tua a minha
De aquém a além
Quando se expressa a esperança
– ainda que vazia
Esperança É...
E quando se espera
Um dia
Despertar
e Ver
Será assim
que poderá
Suceder
Além do erro e do engano
além do sacro e do profano
além do tecido gerado
para nos conter
ver e ouvir
o cainho
velado
e assim
por entre todos
rezado
partilhado
sem se querer
ir chegando
mansinho
sem sobressalto
a onde íamos chegar
sem sequer o saber
éa história de vida
a história mais antiga
que se mostra
de barriga
em barriga
e que por dentro
se recorda
e mais não se esfria
por dentro
se lembra
ainda que não há já
ninguém que o diga
O mundo se digladia
Entre marido e mulher
Entre homem que confia
E mulher que quer
mais querer...
Não se contou a história
do tempo a prevalecer
dividir espaços
pessoas eanraços
e o tempo pra os fazer valer
actividades e coisas a fazer
sempre
roda viva
a aumentar de poder...
até ser impossivel somar e permanecer
nesse algo que por dentro nos anima:
a abraçar
o ser do ser
o ser do teu
e do meu querer...
a olhar o estranho
e contemplar
esse ser pequeno
bizarro
que um dia
se fez....
Olhar, sem mais, contemplar
e ver, sem mais, querer
o que o vento nos segreda
se assim não se puder viver
se puder ouvir, sentir o Ser
partilhar no vento
aquilo que
o seu tempo
anuncia sem querer
para que serve a sua - a tua - a minha sina
sem mais-valia
se somos nós que a mandamos fazer...
à medida
medido
para assim permanecer
quando permanece
desde sempre
e assim sepre há de ser
se desligamos
essas correntes
douradas
de seres grandes escravos
poderemos voltar a ver
e viver
e comprender
o que entre tempo pautamos
para assim
nos prender...
e não há outro ser Tirano
do que o tirano em nós
a se esconder
e não outro caminho velado
do que aquele
que nos cabe a nós
revelar
e partilhar
para o poder percorrer
se já não se vir "inimigo"
não haverá inimigo a alimentar
com aatenção e o tempo perdido
para uma sombra iluminar...
Se conseguires
com tuas próprias mãos
erguer novos pilares no céu
se conseguires
reviver
a vida em ti
que assim pretender matar
se conseguires
trazer
de volta
o segundo
que assim enterras
em triste sina
solta a vida em ti
e vai
para ponde te apetecer
se te revolta...
que oferta
de vida
que mais nenhum cheque consigna
que outra alternativa
pensaste
ousaste
apresentar
para assim poder
de novo dizer
que o teu lugar é o lugar
que assim quiseste
e assim ousaste
outros
assim ensinar
e assim aqui ficar
para contigo aprender?...
Entre o tempo que nso é dado para viver
Uns dizeem que competir
É sobreviver….
Assim foi feito
E tecido
Para nos perder
Pois a força de todos
É força demais para conter
Divididos
Sumidos
No medo
De nos perder
Mais fáceis de ser despidos
Da vida
Que me nós há para prevelecer
Sobre o medo
A duvida
A questão que não cede
Seja o rei
Que aparecer
Esse rei
Por dentro
A viver
Seja quem o mate
Quem lhe de cheque e o embarque
Quem assim não creia
Que seja
Ou que possa fazer valer…
Num navio de remos
Poderemos
Ser gale
Escravos a ferros
Ou remadores
Para um lugar a transparecer
Neste jogo de desatino
Contra tudo
E todos
Devemos vencer
E no final
Desunidos
Todos juntos
Iremos perecer
Eis o destino
Que nos convidam
A agradecer
E o outro
O de ser são ou louco
E assim continuara aser
E perseverar
Nessa esparança nova
Que paira no ar e se ignora
Esse
Poderá um dia prevalecer
Existir
Sem se saber
Pairar
Dentro
Fora sobre todo a hora
Em ti
E em mim
Sem se saber viver…
Se assim não se expressa nem crê nem vive nem lê
então quem assim escreve – continuará a escrever
enquanto houver quem assim escreva – o rei nunca há de
morrer
enquanto assim alguém creia
então
um dia
poderá
em verdade
acontecer…
enquanto assim alguém leia
assim poderá suceder...
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