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segunda-feira, outubro 29, 2012

O Des@tino da Nação

Lágrimas do(s) nosso(s) País... lamentos dos nosso avós...

De onde se ergue a voz... dos egrégios... que de forma firme e decidida mantiveram fronteira, cultura, lingua: definida... sem arredar pé?

Onde choram? Em que túmulos esquecidos?
 - vilipendiados pelos filhos de uma nação sem Rei - que apedrejou seu estandarte para o vender trinta dinheiros sabe-se lá a quem...


Que dizem... as vozes sobranceiras dos que temeram circunstâncias guerreiras e - ainda assim - não arredaram pé?...

Onde se esconde - o brio que brilha na fronte - daquele que olha sem temor?...

Por onde anda a chama - que anima e que esmaga - a cobra vil e venenosa que convida o Homem a se arrastar?

Onde - a espada firme e virtuosa que com frio gume corte os nós da sombra que cega a minha Nação Portugal?

Por quem - os sinos redobram?
Por desconhecidos que partem sem demora, por aqueles cujo canto já não se vai ouvir?

Quem honra o nome - dos cadafalsos lacrados - entre quatro paredes pousados... em frios mausoleus que a ironia da força que esmaga ainda tem o devaneio de chamar de "lar"?

Quem cria, quem dá a vida - quem transmite - com fidelidade pristina: os valores a aqueles que estão a aprender os valores a amar?

Não há seios, não há barriga nem braços firmes para aconchegar...

Há funcionários, estabelecimentos e estado corporativo comprado por negros destinos para os fazer esquecer e desesperar...

Apenas uns dinheiros - trinta minas por cada vida - entregue ao destino e à Raposa que os soube roubar...

Onde os da virtude - de alvas vestes - cruzes vermelhas no peito a dealbar - manto obscuro de sigilo que não cede - onde os guardas deste nosso pomar?

Quantos são entregues nas mãos da sombra - quantos se deixam pactuar... quantos já pedem que os marquem como gado para serem levados e inumados no negro e crescente altar?

Onde os de outrora- que firmavam pés e riscavam chão... onde a linha que separe - os da virtude dos da devassidão?

Onde os livres que manifestem - sua liberdade num rotundo "Não"... e onde aqueles - que incipientes - pactuam suas vidas e as daqueles entregues à guarda de sua mão?...

Onde a firme vontade que ampute os membros desvirtuados dos que vergam caminhos os fazendo errados e entregaram as chaves que nunca antes Português algum se atreveu a entregar?

Que os "Mouros" das novas idades vestidos de "smoking" e com frias contas avancem sem parar?...

Onde o estandarte que reuna os da arte em volta de um mesmo som?... qual o Hino - intacto - que desperte os dormentes da sua indigna reclusão?...

Quantos impunes caminham baixo o Sol - abriram-se por acaso as comportas e sobem aqueles que deveriam por sempre estar baixo chão?...

Onde o que se erga e em seu redor congregue a fina plebe que é nobreza virtual... não por ser vazia ou parca em firmeza - por ser de virtude sem igual...

Onde os que não temem - as armadilhas do destino - plantadas em todo o lado por seres vis sem sentido maior do que destruir e usurpar... pelos vendidos de alma e de coragem servil... pelos mandados por ordens que já não servem os pilares pelos que se dizem reger?...

Onde aqueles - de olhar firme, visão arguta e temperança sem tremor... os que guardem a luz dos dias frente a esta noite de obscuro pavor?...

Levantam-se os mares... as ondas se agitam vis... chegam os tempos nos que a Morte avança sobre os palácios de luz gerados para luzir...

Erguem-se os revoltados... os que não têm fidelidade a casa, escudo ou brasão... os que vagam sem rumo por falta de pares, de seres firmes que mantenham viva a nação...

Erguem-se os desalinhados... os incipientes... os alienados... as forças vivas das que se serve o que não tem rosto... essa garganta profunda ecoando gargalhada iracunda, opróbio, imundície e loucura sem par...

Erguem-se os que desconhecem o Norte e que não sabem ler na palma da sua mão: os que pensam que este lugar não tem rumo e que o caminho se faz por onde lhes manda a paixão...

O Sol se esconde - vergonha no seu brilho... baço o seu irradiar...

Por não haver já Homens que mantenham viva a sua herança, nem mulheres dignas que façam a vida brilhar...

Entregam-se as bandeiras... vendem-se as heranças dos egrégios avós... lava-se o sangue das fronteiras, pintam-se de novo as afrontas com o doce sorriso de humilhar-se no pó...

E - se brio sobra-se, é o próprio Português a esmagar seu irmão... que entre tanto cafre e covarde não sobra quem queira levantar dedo para se sentir rei e senhor...

No Final ficará um terreno baldio - plantado para férias dos que regem a nação - pois nos tempos que correm temos fantoches que abrem a boca e dizem palavras de difícil compreensão...

Falta o do Nevoeiro - em cavalo branco e de Espada em Mão - que salta de volta das suas Imperiais Miragens e se recorde - como os de agora ou de outrora - que juraram fidelidade a um POVO SÓ:

Guterres, Barroso, Sócrates e todos os que partiram em cadafalso defendendo até à morte o juramento quase milenar... e todos aqueles prestados em palácio - ora de S. Bento ora de Belém - baixo a cruz do templo feita pilar de cimento ou de uma certa Ordem que já não quer navegar...

os tubarões desta Mar desencadeado serão tantos - que o canto X se fez apagar: já não sobram pézinhos bem cuidados - em spas amansados - que queiram mais mar desbravar...

Fica assim enterrado - para todo e qualquer destes burgueses que com o Sangue português conseguem negociar - cantar a primeira linha do Hino - e com ela tudo o resto que vier desencadear...

Assim - desde tempos não findos - nos que a ambição fez a PRUDÊNCIA beijar o Chão... fica a TEMPERANÇA esquecida quando quotas agrícolas, pesqueiras e pecuárias assinamos à voz de "quer queiram, quer não"...

Lembra a JUSTIÇA sua lágrima - mesmo cega e de olhar tapado - pois disse o POVO NÃO duas vezes ao aborto, à regionalização e à feira que vai no adro de toda e qualquer desconstitucionalização - vendemos a linha por centimo de euro e transformámos a palavra escrita durante 800 anos em cifrão...

As estradas nacionais são de Municípios e a saúde de todos na de uns poucos está de mão... ninguém sabe ao certo quem manda - mas pagamos mais para ter a certeza de que estamos sugeitos a alienação;

Como já não há FORTALEZA para se erguer do lodo no que nos querem mergulhar - com falsas promessas, palavrinhas mansas e tecnologias de ocasião... ficamos todos a ver quem passa, pois - a Nau - vai sem leme, guia ou orientação;

Homem do leme é o que se sabe - todo aquele que pede demissão... e os que ficam lá vão dizendo - que assim não se pode gobernar a Nação...

Faz lembrar uns certos índios que - segundo a história do vencedor - venderam um estado na América por umas contas de vidro ou betão...

Nós aqui já vendemos os filhos e chamamos ao acordo "cooperação"...

Antes - olhávamos o inimigo nos olhos - fosse Anglo, Saxão ou Bretão... compúnhamos Hinos sem medo e cantava toda uma nação...

Hoje - nem sabemos o hino, nem sabemos o Norte, nem sabemos o que implica chorar lágrimas de sangue - por perder tudo o que outros nos deixaram na mão...

Bons costumes que fomos perdendo... uma vez que entramos no clube excelso dos países "refinadamente desenvolvidos" (refinamento de Ouro Negro - entenda-se);

Assim sendo - uns bons sonhos: "fia-te na virgem e não corras", "peta bem contada", "foi assim que a Alemanha perdeu a guerra" e todos os afins que já conhece quem cresceu por terras de Lusitana Paixão...

Quando despertarem - daqui a uns 30 anos - não haverá quem lembre essas piadas, os tugas serão todos Yankiados e ninguém reconhecerá raízes pois as histórias contadas por tradição vão estar em livros virtuais mudados em cada cinco segundos conforme convenha à entidade sombra - de fácil identificação - que com moedas e trocos vai comprando a Nação...

Saúdo... os que vão patinar se despedem ó Caesar... até uma próxima encarnação...


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