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quinta-feira, novembro 01, 2012

Raízes

Dia da Memória

"Quem esquece as suas raízes perde a sua IDENTIDADE"

Uma frase de uma música... uma verdade colossal nos tempos que "correm"...

Correm de forma a que - literalmente - a nossa semente de vida não enraíze...de forma a que não haja posições firmes, atitudes sólidas ou um afiançar de pés no chão e dizer "sim" como um "SIM" e "não" como um "NÃO"...

Seja na tradição "da Lua"... seja na tradição "solar" (e quem entende destas coisas entende de que calendário estou a falar);

Seja porque se abrem portas seja por fazer evocar - o gesto, a intenção e a forma - são a memória, de todos os que por aqui passaram no seu caminhar;

É este o gesto da linha entre o "ontem" e o "hoje" que se evoca neste momento: o realçar de uma história concreta pelo sentimento - de todo aquele ao que temos laço de sangue e da linha de continuidade evidente que nos liga a todos os outros seus precedentes e- horizontalmente - a todos os outros que com eles caminharam nesse mesmo tempo... neste mesmo lugar;

Assim sendo - andam as duas tradições irmanadas - como andam as intenções dos que vogam na mesma barca... e no mesmo Mar;

Sejam os que sustentam o remo na linha da esquerda... sejam os que o levantam na destra para a barca Vogar;

E - nesta barca que naveg ana imensidão... do tempo... das horas... e do espaço da dimensão

É belo notar que evocamos portas - abrimos janelas - para que os de outrora possam entrar - connosco caminhar pelo eco da memória - e com algo de fé (imaginação improvisada, projecção mental elaborada ou sublime aspiração)  - ouvir os ecos das pisadas dos egrégios ancestros nossos iguais...

Depois - é um tudo ou nada - pois alguns notarão que a voz que ecoa os provoca, outros que os embala e - outros - como as crianças de outros tempos: de antes - outrora ou agora - vão bater às portas procurando doces, vestir fatos mascaradas e fazer Carnaval em Janeiro;

Os que ouvem a voz dos avós... com firmeza se erguem e recordam - quanto do seu sangue ou da sua glória, se verteu para que hoje pisem este chão;

Os que ouvirem a voz das "fadas"... ouvirão cantigas acerca de lollipops, caramelos, rebuçados e de um dia engraçado para ir ao shopping deitar uns tustos ao chão;

É a diferença que separa - os que firmam pés levantando moradas, daqueles que passando... pairam nos tempos e se desfazem no pó...

Importa pouco se é grego ou troiano, heleno ou illiota de sua opção:

Honra - é palavra universal que qualquer boca fala em línguas diferentes - e honrar nossos antergos é forma sublime ou simplesmente "simples" de evocar as raízes que faz os humanos ser aquilo que são;

Bem haja num dia de Ancestros...

Na minha terra - não há bruxas, há meigas e - como o seu próprio nome indica - são mulheres de sangue quente, de olhar sereno e postura firme... são mulheres de tradição;

Seja de noite ou de dia, ao Sol ou ao Luar...

Bem dizia a música...

Assim hei de te...

Até já!


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