Assim e sempre
o comemorar
aproximam-se
os meses
para celebrar!
num começo simples
o querer enviar o amar
desde o mar
que se erguia submisso
pacífico e não Atlante
simples e não gigante
apenas para assim se ler
em via de vida assim prometida
assim a réstia do próprio crescer
nestas bandas a se saber
e ver aflorar
a superfície das augoas:
as mensagens mais castas
junto das mais bravas...
que se lançassem
no tempo entre
oceano e lugar
antigo e desconhecido...
entre o saber que é sem poder:
e a sua outra face em miragem
como a arte e amor amigo
desse ar de amar sem p'rigo
assim como velejar
sem caravela e apenas
ao se chegar ao lugar
aonde a treva se ligava
com o seu ser solar
e nesse ar solarengo
estivesses tu ao relento relendo
aqui nesta obra a invernia a passar
e nesse outro oceano
que se estende de lado a lado
sem sequer se pôr
em causa a sua cor
de coragem de viva imagem
desse seu ser sonhador
o amor mais vasto
o amor mais pleno
o amor que nos entra
qual ferida aberta
depois de o ser
sendo-o a curasse
a cuidasse
e sarasse
e voltasse
a abrir
para poder escolher
o que quisessemos fazer
com o proprio ser...
sabendo
o voltar
a namorar
e a morar
mais além
do tempo...
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