Ser de arte e poesia
Essa que por dentro
sempre amanhecia
Que se entretecia
nesse fio mais fino
Horizonte garrido
nesse amanhecer
Pintado de cores opacas
Outonos baços no ocaso
Assim a se poder deixar acender
Com a luz suave desse cor leitosa
Que vem do campo à cidade
E nos transporta
a outra forma de ser formosa
E dançamos
Entre as sombras
mais bem perfiladas
E cantamos
Com as folhas nos ramos
E as águas que segredam
palavras borbulhadas
Segredos que as marés
trazem de novo a teus pés
nessas praias bem amadas
Onde as tuas caravelas
descobertas improvisadas
Jazem de novo amarradas
Vindo desde terras cheias
Dessas recordações plenas
Trazidas à luz do dia
para serem servidas
Nesse banquete dos mais simples
Nesse andar devagar dos humildes
Nessa trova nova ao se ir alentando
De se ir cantando vida entre tanta gente
E nesse cantar não mais se sentir sozinho
Ao se entregar esse mais belo presente
E assim o compor e cantar com carinho
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