Conheceram
Sem se saber
Souberam
Sem querer
Voltaram
A estar juntos
Quando brincaram
Quando sem serem
Iguais
Se assemelharam
E seres tais
Assim cantaram
Que esses sonhos
Ao descoberto
Foram pela vontade
E não pelo mais certo
Assim levados
Assim cantados
Assim trazidos
De novo até nós
Que se entretecem
As humanas gentes
Quando no tempo
São coerentes
Com esse algo
A nos chamar
Raiz
Da árvore
Milenar
Que nos tem
Em si sustidos
Somos quais
Frutos
Mais bem vivos
Somos
Rebentos
De luz
E harmonia
Florescidos
E ao ser
Em semelhante pranto
Por enquanto
Somos assim
E quando
Assim
Amamos
Tanto
Será
Que ainda
Jaz
O sentido
Esse latido
Em ti
E em
Mim
Tão bem humano
Espelhado
Espalhado
Pelo mundo afora
Quem reconheça
Tamanha
Certeza
Não tem
Mais vontade
De se ir embora…
E ficar
Assim a ouvir
Esse cantar no ar
O mesmo assentir
Essa mesma vocação
Agarrar a mão
Caminhar lado a lado
Esse algo
Que no olhar
Nunca foi lembrado
Apenas levado
Até aparecer
Nestes nossos dias
Voltar-se a conhecer…
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