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sábado, fevereiro 20, 2021

o transcendente está à tua frente

 





Vagamos – encontramos

Sonhamos em alcançar

Esse caminho novo

Tao antigo

como o abraçar

 

O céu o espaço

Nesse abraço

Entre o fogo baço

Desse algo

A nos querer cegar

 

E nesse amor

Fina flor

Que nasce

Mesmo entre o estio

O brio de se renovar

 

Esse saber amar

Entre nós entretecido

Foi obra dos deuses

Chegar a plantar

Essa semente de vida

 

De harmonia

No coração

De quem a souber

Encontrar

 

Foi a própria

harmonia

A vida

Que no lo deu

a saber elevar

 

Obras de terna alegria

Melancolia

E sintonia

que este mundo

Tão novo

De novo

Nascido

Ganha em si

 

Esperança

Que Avança

Com novo brio

 

E nessa terra

Imaginada

 

Nessa húmida morada

Aonde vai o ser plantar

 

Pés descalços

Na areia

Dessa praia

Que nos leva

saber encontrar

 

Vagas de sonho

Encontros mil

Espelhos

Desses medos

Medonhos

Que se elevam

 

Qual trovejar

longínquo

E se mostram

 

Ao teu pé a sussurrar

Melodias de encantar

Para bem levares

 

Quando despertares

Ao se transformar

 

Naquilo

Que bem amares

Assim por dentro

a se mostrar

A se fazer valer

 

A se transformar

o ser

Na promessa

Desse amanhecer

 

Quem nós seres

tão crentes

Tão suaves

 

Tais quais

notas pingentes

Cristais voventes

Nessa harmonia

desenhada

Nessa tela não pintada

Esperando se mostrar

Nessa nova alvorada

Na que a humidade

sendo trespassada

Pela força do abraço

a se entregar

 

Descobre a sua terna força

Aonde sempre estava

Nesse lar

 

Nesse lugar querido

Nesse cuidar

O ser nascido

 

Nesse abraço

Entre o espaço

E o tempo banido

 

Deixado

para bem querer

Nesse terno

Arco

 

De cores

Suaves

E garridas

 

Que une as pontas

Qual pontes

Entre as nossas vidas

 

E nesses momentos

Tão íntimos

Tão sustentados

 

Que nos elevam

Sobre pilares

Desse mundo

Nunca almejado

 

Sempre e por dentro

o intuito do incerto

A ser desafiado

 

E passo a passo

crer e coragem

 

Com vida plena

Sendo alcançado

 

E nesse seu outro

compasso

Erguer torres ao luar

 

Deixar passar o tempo

Nesse fundamento

de nos conhecer

Devagar

 

E nesse algo

Que se vai unindo

Sentido

Sentimento

 

Nesse cantar

 tão belo

Enlevado

 

Assim qual

 o selo

De vida

 

Que nos tem timbrado

 

Para ser levado

Ali onde estiver

O seu outro lado

Ser no ser a renascer


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