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sábado, fevereiro 20, 2021

 



Estar afastados

Desse estar a teu lado

Deixa ainda a lembrança

Dessa presença

Qual criança

Que aninha

E se recolhe

Que nos escolhe

Antes de chegar ao ser

E se acolhe

Assim sem querer

Evitar

O ser

Que paira no ar

Em nosso derredor

Fina flor

Desse estio

Algo vivo

Reconhecido

No olhar

No saber

E ser ao estar

bem presente

Lado a lado

Nesse sentir

Ao se deixar

Esse lugar

Que tens ocupado

Em nós ficando gravado

Essa figura

De formosura

Que entre o tempo

Se tem apurado

Essa flor

De estio

E brio

Que no coração

Se deixou

Guardada

E nessa meta

sempre indiscreta

De se bem chegar a abeirar

De aonde o tempo jorra

De onde algo

Mora

E nos chega

A tocar

A abraçar

A esse lugar

Devagar

E se estender

Ao sol

E ao luar

Entre fios finos

Desse horizonte

Esse algo

Que bem de fronte

Para nos confrontar

Nesse mundo

Semre renascido

Neste lugar

Entre o frio

E o brio

Que se entretecem

Nessa fronteira

Que não se esquece

Nem se desvanece

Onde os sonhos se abraçam

Quando anoitecem

Assim abraçados

Os que o tempo

O seu fundamento

Escolheu para serem

Assim encontrados

Nessa labirinto

Do que sei ou sinto

Ir mais além

encontrar alguém

voltar a sonhar

e trazer a plantar

essa semente

que germina

que nos traz

a luz do dia

e faz cantar o lugar

aonde se planta

a alegria

e se encontra

a melodia

que nos faça

 de novo dançar

e nessa terna melancolia

 entre o estar o ser ao se achegar

assim estender fios de vida

para que essa outra imagem

pristina

se possa chegar a transformar

a estender a entretecer e ganhar

seu tempo seu lugar seu fundamento

nessa humanidade encontrada

quando parecia perdida

gritando para ser achada…


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