Se nesse sentido levado
Nesse algo procurado
Nesse lamento
Nesse sustento
Nesse canto
Suave e lento
Desenhado
Por dentro
Esse quadro
Essa tela
Vazia
Que no dia
Se estendia
Para ser tocada
Lavrada
Pela luz
Desenhada
E se rasgada
Assim
Deixar entrar
Como na janela aberta
Essa luz do teu lar
A irradiar
Rua afora
Entre os que chegam
Os que se achegam
Os que chegaram
a ir-se embora
E nesse apelo
Simples aconchego
Ver de novo
O voltar
A esse estranho
Segredo
Olhar
Sem saber olhar
Ver
Sem descrever
E crer
Sem saber
A mar
Esse algo
De água sal
Entretecido
Entranhado
No humano vestido
Tão bem levado
E sendo assim
qual na areia
sem fim
tempo
qualificado
dentro de
ti e de mim
Assim contado
Até esse jardim
Que jaz em ti e mim
Baixo céu estrelado
Ainda ancorado
o barco
Que nos é segredado
Pelas vagas
Sempre silentes
Dessas humanas palavras
Que na gente
Ainda são ecos candentes
Dessa memória viva
Quase avivada
ao se entre-tocar
Essa letra comovida
Que se desprende e anuncia
Ao bem se chegar a achegar
Desse lume
Fogo brando
Estranho pranto
De se alumiar
Esse faro
Nesse estranho claro
Que se desvanece
E se estremece
à luz do luar
Essa melodia
Que jamais se esquece
e mais se enriquece
Quando nos voltamos
A encontrar
Primeiro olhar
Primeiro abraço
Quando te deixaram
No materno regaço…
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