Quando penso na suavidade
Desse algo aveludado
Desse cetim, dessa seda
Desse momento
bordado no tempo
Quando te acendas a meu lado
E algo se me conceda
Ser assim inspirado
E entregar-me
todo inteiro
Nesse ritmo
Alto
Puro
Verdadeiro
Desse dar
a esse estranho fado
De se dizer
O que se não tenha lembrado
De se contar,
o que se não tenha levado
Assim a condizer
Com tudo o que se está a ver
E nesse retrato pintado
Pelo artista mais comezinho
Esse algo sonhado
Quando se encontra ainda sozinho
Nesse recanto prendado
Nesse encontro entre o campo
A terra
O mar salgado
O céu iluminado
E esse lugar sonhado
Entre estrelas a cintilar
Nessa cidade de encanto
No nosso peito a se iluminar
Vista
nos mais simples momentos
Contada entre eventos
Que só a prosa da poesia
Assim em tela alva anuncia
Nessa melodia inaudita
Que no nosso peito grita
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