Neste frenesim inquieto
Nesse sentir irrequieto
Que nos invade e permeia
Quando se entrega
à luz do segredo
Esse cantar mais ledo
Que se entrelaça
E nos abraça
E acende
por dentro
quando se passa
Assim ao se entregar
Esse algo mais íntimo
Para se deixar levar
Esse segredo escondido
Ali onde se tenha esquecido
Deixado
Assim plantado
Para ser recolhido
Mesmo entre a luz da alvorada
Nessa orla orvalhada
Água íntima
Suor ardente
Ou nessa página marcada
Para ser assim enviada
A quem fosse leitor presente
Desse algo que voga na mente
E que advém desse algo mais quente
Que palpita no saber ser e estar
Qual na forma de se deixar levar
Pelas letradas palavras
Pelas linhas mais claras
Que nos é dado a entrelaçar
Por essas horas vagas
Preenchidas não levadas
De volta ao mar de amar
De onde emanam
Para onde regressam
Se não se fizer lugar
A que preencham
O tempo
Com a sua força imensa
A nos saber levar
Para esse momento que se não pensa
Para essa linha tão tensa
Que basta um toque
para a fazer vibrar…
E acender a melodia mais íntima
Que nos foi dado a saber cantar
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