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quarta-feira, janeiro 13, 2021

Nesse frenesim de poema

 

Neste frenesim inquieto

Nesse sentir irrequieto

Que nos invade e permeia

Quando se entrega

à luz do segredo

Esse cantar mais ledo

Que se entrelaça

E nos abraça

E acende

por dentro

quando se passa

Assim ao se entregar

Esse algo mais íntimo

Para se deixar levar

Esse segredo escondido

Ali onde se tenha esquecido

Deixado

Assim plantado

Para ser recolhido

Mesmo entre a luz da alvorada

 

Nessa orla orvalhada

Água íntima

Suor ardente

Ou nessa página marcada

Para ser assim enviada

A quem fosse leitor presente

 

Desse algo que voga na mente

E que advém desse algo mais quente

Que palpita no saber ser e estar

Qual na forma de se deixar levar

 

Pelas letradas palavras

Pelas linhas mais claras

Que nos é dado a entrelaçar

 

Por essas horas vagas

Preenchidas não levadas

De volta ao mar de amar

De onde emanam

Para onde regressam

Se não se fizer lugar

 

A que preencham

O tempo

Com a sua força imensa

A nos saber levar

Para esse momento que se não pensa

Para essa linha tão tensa

Que basta um toque

para a fazer vibrar…

E acender a melodia mais íntima

Que nos foi dado a saber cantar

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