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quarta-feira, janeiro 13, 2021

Nessa albina morada

 

Essa pele sonhada

Essa nessa nossa

saudosa madrugada

Assim despida

De si enamorada

 

Essa sombra esbatida

Que à luz das estrelas crescia

E cintila quando se deixa levar

 

Na luz dos teus olhos acesos

Pelos teus cabelos

negros e espessos

Assim de relance

ao se ver a passar

 

assim deixar-se levar

assim voltar a vogar

 

Nessa suavidade sustida

Nessa brisa esquecida

Nesse alento presente

Nesse algo pingente

Qual deleite

Ao se embevecer

Qual ser que se respeite

Assim ao voltar a se viver

 

Nesse teu tempo pausado

Voltar assim a teu lado

Pra de ti me embriagar

Para assim voltar a sonhar

E nesse tempo detido

Assim ser renascido

Uma e outra vez

Ao teu ser a voltar

E uma e outra vez

Assim a te encontrar

 

Qual rebento de flor não aberta

Qual uma palavra na frase certa

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