Qual a mão quente,
suada
Nessa água enlodada
Mergulhada
Como o mover em roda
Desse tempo de moda
Sem se chegar a parar
Nesse tempo a divagar
Qual no lamento incipiente
Que toma e invade a mente
E nesse amor calmo e sereno
De quem confia em segredo
Assim a se impingir
A se exprimir
A se deixar levar
Nesse barro avermelhado
Cuja forma
tão bem tenho amado
E nas mãos do oleiro
Nesse tempo soalheiro
Artista mais que sereno
Assim nos olhando
No profundo encanto
Deste terno vaso
Que dentro guarda tanto
Sem comentários:
Enviar um comentário