Se te
deixas esvaziar
Se dás
de ti o sentido
Desse algo
no centro ferido
Esperando
se abrir devagar
Para dar
Sem sentido
de tempo
Sem se
chegar assim ao centro
Desse lugar
mais profundo
Dessa luz
No confim
do teu mundo
Sempre entre
névoas
Plantado
Assim quais
nas sombras
Desenhado
Assim descrito
À margem
Desse requadro
Dessa aragem
Dessa brisa
De passagem
Tua face
acariciando
Assim indelével
Desenhando
Teu verdadeiro
rosto
Cantando
Ao se
ouvir passar
Essa melodia
garrida
Essa cor
mais quente
e viva
Essa que
entregas
Por o sentir
Viver
Prosseguir
Nessa vereda
entre
águas
deixada
Nessa fluidez
Que planeja
Entre as
asas
Imaginadas
Quando abres
Braços
E abraças
Oferecendo
o teu
peito
Aberto
À alvorada
E essa
luz
Ancorada
Nessa enseada
Ondulada
Pelas marés
Temperada
Acariciada
Pelas mãos
Que se
abrem
para
dar
assim
de par
em par
Cuidada
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