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quinta-feira, janeiro 14, 2021

A tua voz

 

E nessa solidão

Chamo o teu nome

Esse que me consome

Esse que só eu conheço

 

Esse que me desperta

de qualquer adereço

 

Que sabe o endereço

onde me encontrar

 

E entre o lamento

 da rotina vazia

de si mesma

despida

 

Cheia e intensa

A tua voz

volta a suspirar

 

Por mim adentro

Algo que permeia

Ritmo e sentimento

 

Acendendo imagens viventes

De lugares, momentos e gentes

 

Desse amor fadado

Que nos é dado

Para se entregar

 

E ao deixar-se ir e vagar

Nos teus braços

 

abraços simples e secretos

Vamos encontrando ecos

 

Disso que o fruto futuro

Nesse presente plantado

 

Nos tem dito em silêncio

E entre esse nosso tempo

Assim nos tem segredado

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