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segunda-feira, dezembro 16, 2013

PRIMAVERAS

Quando os novos tempos avançam
Neles  nossos sonhos se esvaem
Recorda a tua chama de esperança
Erguer para um novo dia
E em teus olhos rever
o meu próprio olhar

Quando os ventos ameaçam
A vida que em nós há
Mantém viva a chama da esperança

chama suave
Subtil
Criança
Que
Entre as tuas mãos
Começa a despontar

Com cuidado
Com susbtilmente
Velado
Dá à vida
O seu encanto
Sagrado
E
Num sorriso
Iluminado
Com um gesto concreto
Presente discretamente anunciado
Mostra a tua alegria
A todos aqueles
com quem a possas
partilhar

E se as gotas de estio
Orvalho perene
Neste tempo frio
Se fizerem demais
Lembra até o gelo
 mais denso
Tem sua força contida
No medo
De se não conseguir
De novo
O céu olhar

Tu semente da vida
Que latente
Esperas raiar
Mantém-te
Fria e escondida
Para que
Um dia
A tua Primavera
Se faça anunciar…


Perde substrato
A sua própria herança
Se em nós
não se ilumina a esperança
Das vidas a se entrelaçar

Não se tocam
Nem se alcançam
Os nossos antigos sonhos
De seres adultos
Sempre criança

Vidas novas
Entretecidas
Em novas histórias
Entre os rebentos
Que nos é dado

A Cuidar

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