Eram as gentes - esperando - silentes
horas a fio
39º graus que dão frio
recuparar
uma identidade perdida
esperança
NUNCA esquecida
das raízes ANTIGAS
voltar
a PLANTAR...
embaixada
gente erguida
até que a porta fechada
se...
abrira
Tão profunda forma de ser
De se estar…
de bem viver
De amar… sem saber
Apenas por ser… e estar
No Nosso verdadeiro LUGAR…
As terras vivas,
de gentes erguidas…
são como as forças antigas…
– as que por dentro –
Animam…
As que estão prestes a se mostrar…
são a natureza intrínseca
daquilo que nos motiva
a caminhar… a viver e a abraçar
a vida, os outros,
a nossa comum natureza
singular
calmas, serenas e amigas…
pisadas velhas e antigas…
no ânimo de bem se enraizar
– além do medo e do degredo
– habita a pureza –
SER ORIGINAL…
Onde as muletas inventadas
Baixa a desculpa da vida calma
E pausada… que agora procuras
E dela – encontras nada…
Eis onde – ali -
Se não transformaram
Em grilhões e amarras
Vidas velhas, cinzentas, passadas
Entre rotinas apertadas…
humanidade que não sobra em nada
ruas demasiado fechadas
Pra um VERDADEIRO SER
PASSAR sem ESMORECER…
Falo de Onde se crê
que a vida convida – sem se saber
que a vida ensina
e temos tanto a aprender!
Que os véus que iluminam
Te estão a cegar
E que além do teflón,
do ecrã da televisão
Há um mundo interno
a celebrar
Descobrir e
Partilhar…
De forma serena, calma
– seguida – pausada
Com tempo para ouvir,
sentir…
Dar a mão…
assumir
Que tudo em volta é bom
Como o é o teu sublime coração
Cor – centro – desta vida e fundamento
Da outra realidade que convida
Cada teu elemento – ainda agora
Fragmento
De espelho
Que será elemento novo
Onde outrora vias o velho…
Mais além que o ecrã
dessa outra televisão
É a vida nova
que está para vir
Além da tua visão
Vê bem – “ouvê” com atenção…
Um mundo de cores vivas
À espera … te dará mão…
Passo a passo…
tensão no ar
Parto que desperta
do pranto
Em segredo
A se revelar…
Vê bem quem vê no espelho do saber
O ser humano antigo – verdadeiro –
além do velho está o que ouve
o que sabe
o que sente além da idade
experiências e opções
que valem muito mais
do que todos os cifrões
Milhões de ouro vivo
No escuro – teu verdadeiro brilho
Aquele que não mais cederás
Aquele que mais não entregarás
Aquele que germinará
Desde dentro de ti
A porta abrirás..
Tens a chave
A chance
E a coragem
De assim fazer voltar
A vida que – perdida
Paira além mar…
Entre aqueles que suspiram
E aqueles que esperam
Que a vida os volte a chamar…
Vê bem
quem começa
desde já a acreditar
Que na vida
mais simples
está o dom
de bem avançar…
Essas gentes trazem recordações
– que vale bem a pena recordar
São eles a orientação –
que, de entre o nevoeiro
- nos vem tirar…
E despertar!...
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