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quinta-feira, março 15, 2007

Palavras ao Bento


Há Ventos de mudança, há luz a irradiar do túmulo fechado, há vida no barro frio, há amor na roma mundana…

Palavras ao Vento – ecos de passado – que relembrem aos que servem em ministério de igreja – do grego “Ecclesia” ou "encontro dos convocados" - como o "ósculo santo" era um beijo na boca que antecedeu o abraço que antecedeu o aperto de mão que antecedeu o receio do toque e do outro quando sinalizamos a tal “paz” de Cristo que hoje as pessoas duvidam em dar ao “próximo” em cada vez que vão ao templo de pedras sem ser templo vivo…

Ecos de passado – palavras ao Vento – que lembram como o AMOR tem três faces – máscaras ou “persona” em grego - Eros, Filos e Ágape…

Eros – que todos transportamos e irradiamos – não fosse entusiasmo derivado do grego “enthousiasmos” e significasse estar também em Deus…

Filos – o amor amigo, amigo de vários, amigo do saber como o Filósofo, amigo da humanidade como o Filantropo, amigo da beleza, das coisas e formas, das ideias do mundo e dos ideais dos Homens… esquecemos – óh vento – essa tal paz de se sentir amigo de nós mesmos?...

Ágape – o amor místico, o amor que impregna e transcende a forma, a gota que mergulha no mar e mar se faz… era este o nome da Eucaristia… ecos e palavras ao Vento… comunhão com o todo, comunhão em ecclesia… verdadeira “Catholicos” – verdadeiramente “Universal”

Palavras ao Vento – que se esqueceu – como “Eva” significa "Vida" e como sem ela a igreja dos homens se faz apenas um “Adão” ou barro seco…

Palavras ao Vento para que arrede a culpa – primeiro sinal da queda – quando antes a nudez era pura, simples e apenas deixou de o ser quando nos disseram que não o era… diz óh vento à criança nua que "pecado" – do grego “hamartia” e significando “falhar o alvo” – não é falhar ao livro ou ao ditame - por muito que estes preguem bons conselhos e intenções - mas trair a tua própria natureza… e o ser humano existe para amar… foi este o maior mandamento...

Ele disse “Ágape” ao divino nas coisas acima das coisas em sí… mas “Ágape” nontheless…

Vento que relembres o quanto Pai, Filho e Mãe são três e são um.
Quanto que o amor entre eles é vida e vida é amor.
Não te fiques apenas por ler a letra lendo na letra ao contrário... e vendo Roma não vejas amor.

Somos filhos da lua e do sol.
A terra o ventre que acolheu sua luz.
Nós a luz que se fez gente e gente que caminha para a luz…

Vento – óh vento – ajuda o caminhar…
Mais do que mandar – convida…
Mais do que definir – confia…
Palavras – Vento – que esquece quando “teme” significa “conhece”

2 comentários:

Micas disse...

Todos tememos o desconhecido é uma verdade, mas se acreditarmos o vento ajudará sempre a caminhar...

"Somos filhos da lua e do sol.
A terra o ventre que acolheu sua luz.
Nós a luz que se fez gente e gente que caminha para a luz…"

Das coisas mais bonitas que tenho lido.
Bem Haja.

Abraço, redondo.

augustoM disse...

Palavras ao vento e o vento as palavras leva, por favor oh o vento não sopres, para as palavras se realizarem.

Os meus sinceros parabéns, o teu texto é maravilhoso, um hino ao reencontro.

Um abraço. Augusto