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quinta-feira, fevereiro 04, 2021

Estremecer entre o mar de amar

 




Nesse caminho esquecido

Dentro do que se sente

O que é em nós vivido

 

Esse estranho amigo

Que se abeira

Que te reconhece

Que te abraça

Que se não esquece

 

Esse silêncio escondido

Reflexo de lago espelhado

Onde mergulhamos

Qual pena que paira

Qual a folha

que se deixa levar

Essa barca solitária

Nesse mar de amar

a navegar

E entre as ondas

dos sentimentos

Esses que levamos

Dentro

 

Ventos de pensamento

Prontos a se desatar

Nessa tempestade

Flamejante

Esse lampejo

num instante

Que te dá a imagem

de onde chegar

E esse ribombar trovejante

Que cresce

dentro do se ser amante

Desse algo que te inspira

Que te anima

A seguir a vogar

 

E nessa vela

sempre acesa

Que se leva

Na mão suspensa

Amparando

Entregando

Essa sensibilidade

a se entregar

E nessa linha

tão fina

Horizonte

que se adivinha

Que se meche

E nos estremece

Em cada curva a se desenhar

E no virar desse recanto

Onde escondemos tanto

À espera dessa luz mais íntima

Desse algo que nos anima

Para se voltar a iluminar

 

Essa paragem desconhecida

À espera de se voltar a caminhar

Essa novidade

Entre a rotina

Nesse dia a dia a se renovar

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