pub

terça-feira, fevereiro 09, 2021

Caminhos entretecidos... entrelaçados em laços dados entre os bem nascidos...

 




Se o caminho

Suave e subtil

Depois desses

recantos

Inspirados

Depois desses jardins

Em nós levados

Desses momentos

partilhados

Entretecidos

Quando revividos

Quando mão em mão entregues

Quando ainda segues essa linha

Tão fina

Que se vai fiando

Que se estica

Ou se deixa

Para ir levando

Nessa melodia

Que se anuncia

Para se chegar a tocar

Nesse algo ao fim do dia

Para chegar a entregar

Essa terna melancolia

Esse algo que se prenuncia

Que vibra

Que é viva

Que se estende

Pelo ser afora

Que ilumina o olhar

Que se deixa levar

E não se deixa ir embora

Faz do momento

O sustento

Que alimenta

qualquer hora

 

No teu íntimo

Se enamora

E mora ai nesse ademão

De mão estendida

Onde o calor

Desse ser humano

Ainda irradia

Nesse abraço

Desde o peito lançado

Que põe dois corações

A latejar

Lado a lado

E nesse compasso

Bem afinado

De se ter estado

Tempo amado

assim com quem

Também

Se sentia

Se deixava

Se abria

Ao que a vida

nos segredava

E nesse passo

A passo

Descoberto

Esse traço

Entre o destino

incerto

Qual almejar

Esse céu aberto

Cheio de estrelas

Tão finas

Luzes tão belas

Alinhadas

Em orlas

Peroladas

Em ondas

Enlevadas

Nesse suave ébano

aveludado

Onde tu tens olhado

Por onde tens

Entre a realidade

e o sonho

caminhado

Nesse trilho

Comezinho

Simples

Não sozinho

E nessa maior verdade

Nessa humilde lealdade

Ao se perseverar

Devoção

além razão

desse crer

que paira no ar

 

E essa leveza

Suave e subtil

Essa real certeza

Inspirando encantos mil

Esse mergulhar profundo

Nesse oceano

que impregna o mundo

E o faz vagar

Essa onda solitária

Que não se deixa domar

Até chegar em suavidade

Doce saudade

A essa praia imaginária

Em ti sendo ancorada

a barca dos sonhos

Que ainda poderá

Chegar a  vogar

E esse segredo

no encanto ledo

Desse mar

De amar a inspirar

 

Entre a mais pequena fagulha

Desse fogo

Entre a areia mais fina

Desse ensonho

A se deixar levar

Pela melodia

das ondas que ouvias

Pelos passos

que se iam deixando

Pelas peugadas

entre as ondas

que se iam entretecendo

à medida

que ias caminhando

Luz dos teus dias

Nuca antes vista

Levada

Sublimada

Assim espelhada

e espalhada

pelo oceano imenso

Que vai mais além

do que sei e penso…

 

esse que te vai chamar

Ness fim de caminho

Estrela do mar

Que se fixa

Nesse olhar

Que te ilumina

Nesse peito a palpitar

 

Que se entrega

Quando a maré chega

A se elevar

 

E te leva

A suave maresia

Que se sente

Que se aspira

Nesse canto terno

Que sempre

Em ti

se ouvia por dentro…

 

 

Chamaradas de luz cor e vida - sopro que nos convida…  a dar alegria e beleza ao caminho que nos foi dado a partilhar

 

Nesse caminho

entretecido

No que sentes

No que tens vivido

 

Nessa estrela solitária

Iluminando o teu dia

Imaginária

se a deixas levar

Incendiária

se a voltas a iluminar

 

Esse algo que te comove

Que te mexe

Que se move

Contigo

ao voltar a andar

Nesse trilho solitário

Onde vais encontrando

o ser solidário

Que um dia

Sem mais

Vogava

entre esses espaços

ideais

Nunca vedados

Entre sinais

sempre doirados

A marcar

O lugar

O acontecer

O chegar

a esse estremecer

Que nos entra

pela pele adentro

Esse apelo do sentimento

Que nos leva a viajar

A esse lugar solarengo

Nesse tempo de inverno

Esse lugar secreto

Onde nos movemos

e cremos

sempre conseguir

chegar a chegar

Esse algo indiscreto

Que se entremeia

Nessa melodia

Tão cheia

Outrora vazia

Que espera

nos preencher

como nos foi dado

a o ser

De vagar

Suave e lento

Ou no lampejo

De um momento

 

No que despertamos

 

Essa mensagem

Em nós levámos

E se refletimos

Esses brilhos acesos

Esses cantos dispersos

Voltando-se a juntar

Esses momentos

Tão ledos

Quedos

E alegres

Que costumávamos

Também passar

E bem celebrar

E nesse intuito

Nesse ímpetu

Que nos anima e motiva

Que se faz alegria

no novo dia

Voltar a navegar

Nesse mar de amores sustido

Nesse oceano desconhecido

À espera de se abeirar

Em ondas serenas

Em vagas imensas

Apenas para

te saber tocar

Em silêncio

Suspirando

Devagar

Chegando

A teus pés

E sossegar

De repente

Nesse vertigem incipiente

Que nos leva a mergulhar

A nos lançar

E nesse espaço indefinido

Entre o que nos é conhecido

Desconhecer e encontrar

Esse terno ruido

Trespassado

Pela harmonia

que nos tem despertado

E nos tem levado

De novo a voar

Nas asas do tempo

Nas vagas do sentimento

Nesse vento

Que impa o pensamento

E nesse algo claro

Sustido

Transparente

Sendo o momento

 presente

Que se partilha

Qual ilha

Desconhecida

Aonde chega

a barca amiga

Na que navegas

Na que te entregas

De novo a vogar

Nessas águas

Sempre imaginadas

Simples

Puras salgadas

Como as lágrimas

Bem prezadas

Que levas por dentro guardadas

Ainda esperando chegar a florar

Nessas pálpebras

Bem expressas

Desenhadas

Sem pressas

Nas que ficam

poisadas

Cintilando

Olhar

O lugar

Que assim queres tanto

Pintando

de uma e mil cores

De amores renascidos

Esses momentos mais queridos

Que levavas

Que aguardavam

A esse algo que te chama

que clama

que proclama

que bem te ama

e te abraça sem cessar

Esse momento

no que se marcava

Essa linha desenhada

pela tua mão infante

em tons de simples diamante

Na gota de chuva tão ansiada

Que na tua mão poisada

Se estende e te alaga

Nesse lago

que descendia

Que dos céus

se desprendia

Transparência cristalina

Que se acende

em novo dia

ao ser trespassada

entregue

elevada

orvalho da alvorada

que se faz bruma renascida

ao se desenhar esse arco

que liga céus e terra sem mais…

E a gota em ti levada

Pelo calor da força humana

E pelo chamar desse algo terno

Que se move no firmamento

E cintila por ti adentro

Para ser assim cuidada

E dada

A quem bem a saiba plantar

Qual semente garrida

Esquecida num campo qualquer

Esse que se acende um dia

jardim de despedida

e encontro desse ser

antes homem

Ou mulher

Com asas transparecidas

Pelo ser que assim anuncias…

essa voz luzidia

Essa esperança que se acendia

Esse crer e renascer

esse amor toldado

Que te foi entregue

Dado

Para se ver fazer crescer


#poetry #poesia #poesía #poem #poema #poemas #trip #viaje #caminodesantiago #viagem #fotografia #pic #photograph

https://esperadanca.blogspot.com/

https://esperaydanza.blogspot.com/

Sem comentários: