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domingo, janeiro 03, 2021

Vestes que nos recobrem

 Nesses jeitos escolhidos

Pelos nossos simples abrigos

Essas vestes rasgadas

Que usamos nas alvoradas

Que vestimos

Nas estradas

Que levamos pelos nadas

Que nos vão entregando

E as outras

Tão fugidias

Tão plenas

Garridas

Que fluem do sentimento

Que aquecem por dentro

Que deixam o peito aberto

Preenchendo o vazio

Afastando o estio

E o frio

E trazendo de volta

A primavera que era

Infância amena

E no coração o verão

Esse fruto

Que se entrega

Mão em mão

Em cada tecla

Uma nota

Em cada frase

Nostalgia

E alegria

Em cada estrofe

Uma poesia

Que te serve em cada dia

Esse peito que anuncia

Esse deleite que se sabia

Quando estávamos juntos

Sem nada mais questionar

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