pub

domingo, janeiro 10, 2021

Tempos de Fragilidade

 

Nesses tempos difíceis que passamos

Nesses frentes de frio que enfrentamos

Nessas dúvidas que se semeiam

E nos permeiam roendo a vontade

Que nos deixam em fragilidade

Perante a enorme sensibilidade

De se entretecer devagar

Fios de seda prateada

Qual caminho de estrelas

Na abóbada aveludada

nesse alabastro levantada

Que marca caminhos

Comezinhos e bem estreitos

Para se aprender

a andar a direito

 

Entre os que vagam

Essa linha solitária

Que traz a esta barca varada

As gentes que do mundo inteiro

Ainda se afagam com o olhar

Ainda se estremecem ao se abraçar

Ainda caminham do sol ao luar

E se deixar assim mostrar

 

Em lugares mais bem sonhados

E momentos tão preenchidos

Como bizarros

 

E se trazes essa luz de esperança

Do crer, do creditar

Do teu ser criança

 

Ainda a poderás vir a plantar

Entre corações sendo a par

Entre momentos

de lugares a se celebrar

 

Nesses tempos

Nos que te é dado

Ficar varado

À espera da maré

Ou encher com bases fortes

Esses rios enormes

Que jorram de ti sem se ver

E chegar a se preencher

quem te venha a chegar a ler

Sem comentários: