Nesses tempos difíceis que passamos
Nesses frentes de frio que enfrentamos
Nessas dúvidas que se semeiam
E nos permeiam roendo a vontade
Que nos deixam em fragilidade
Perante a enorme sensibilidade
De se entretecer devagar
Fios de seda prateada
Qual caminho de estrelas
Na abóbada aveludada
nesse alabastro levantada
Que marca caminhos
Comezinhos e bem estreitos
Para se aprender
a andar a direito
Entre os que vagam
Essa linha solitária
Que traz a esta barca varada
As gentes que do mundo inteiro
Ainda se afagam com o olhar
Ainda se estremecem ao se abraçar
Ainda caminham do sol ao luar
E se deixar assim mostrar
Em lugares mais bem sonhados
E momentos tão preenchidos
Como bizarros
E se trazes essa luz de esperança
Do crer, do creditar
Do teu ser criança
Ainda a poderás vir a plantar
Entre corações sendo a par
Entre momentos
de lugares a se celebrar
Nesses tempos
Nos que te é dado
Ficar varado
À espera da maré
Ou encher com bases fortes
Esses rios enormes
Que jorram de ti sem se ver
E chegar a se preencher
quem te venha a chegar a ler
Sem comentários:
Enviar um comentário