Se trouxesse ao de cima
Essa minha sina escondida
Se me deixasse tocar
Pela senda serena
que me é dada a andar
E nesse poisar
sem sobressalto
Deixar esse pé
descalço
Sentir toda essa humidade
perene
Essa suave morada
ao de leve
E inspirar
Deixar-se molhar
Pelo encanto
Desse mundo
sem sobressalto
gotas que pairam no ar
nesse alento quente
nesse algo ao de leve
que rodopia sem parar
e nos abraça sem se notar
E Sempre a nos admirar
Reflexo vivo e sentido
Desse algo que não digo
E que procuro
assim poder chegar
A transparecer,
a entretecer
A deixar jorrar
Palavras de mil cores
Letras de mil amores
E janelas
Todas belas
A se deixar trespassar
Pela luz das estrelas
do sol ou luar
Nesses recantos deixados
Cobertos os móveis amados
Aonde repousam
arrumados
Os poemas
mais prezados
Que ainda não me foi dado
A poder assim divulgar
Esses que lês
entre os espaços
deixados
nestes recantos
inacabados
E que se lançam
Em ti a vagar
Entre os momentos
escassos
Nos que nos é dado
a sonhar
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